disposição x capacidade em relação a riscos

É importante lembrar que existe uma diferença entre disposição e capacidade ao risco e é importante avaliar ambos os aspectos antes de tomar qualquer decisão de investimento.

Disposição ao risco se refere à quantidade de risco que uma pessoa está disposta a aceitar em suas decisões de investimento. É um conceito subjetivo e pode variar de pessoa para pessoa. Por exemplo, alguém que tem uma disposição ao risco alta pode estar disposto a correr mais riscos em busca de uma maior recompensa potencial, enquanto alguém com uma disposição ao risco baixa pode optar por investir em ativos mais conservadores para evitar perdas significativas.

Capacidade de suportar o risco, por outro lado, se refere à habilidade de uma pessoa de suportar as perdas financeiras associadas ao risco. Isso é influenciado por fatores como a renda, o patrimônio líquido e as obrigações financeiras. Por exemplo, uma pessoa com uma renda alta e poucas dívidas pode ter uma maior capacidade de suportar o risco do que uma pessoa com uma renda baixa e muitas dívidas.

Recomendo fortemente procurar um profissional financeiro antes de tomar qualquer decisão de investimento. Ele ajudará a descobrir tanto a sua disposição quanto sua capacidade em relação a riscos.

A tese de investimentos em Energia

Cenário

O mundo está “verdadeiramente no meio da primeira crise energética global”, segundo Fatih Birol, chefe da Agência Internacional de Energia. Esse importante alerta chega justamente quando os mercados de gás estão extremamente apertados devido o conflito da Rússia na Ucrânia, assim como à recente decisão da OPEP de cortar a oferta em 2 milhões de barris por dia (ou cerca de 2% da oferta global). “É especialmente arriscado, pois várias economias ao redor do mundo estão à beira de uma recessão, se isso acontecer, estaremos falando a respeito de uma recessão global… Achei essa decisão realmente lamentável.”

Impacto

“Não são os Estados Unidos que sofrerão mais com os altos preços da energia”, continuou Birol. “São principalmente os países emergentes e em desenvolvimento porque suas taxas de importação sobem e eles têm uma moeda mais fraca, o que causará muitas dificuldades. São países da África, Ásia e América Latina – principalmente países importadores de petróleo e energia.” Ainda bem que esse não é o caso do Brasil.

 

O aprofundamento da crise ainda está sendo sentida em todo o mundo e em muitos setores, à medida que cresce em “profundidade e complexidade”. No início do ano de 2022, a Rússia era o principal exportador mundial de commodities de energia, incluindo petróleo, gás e carvão. Enquanto não chegam numa solução pacífica para o conflito, a volatilidade permanecerá presente nos mercados de petróleo e gás globalmente. Espera-se que o consumo de petróleo cresça mais 1,7 milhão de bpd (barris por dia) em 2023. Com isso, o mundo ainda dependerá do petróleo russo para atender essa demanda.

 

Conclusão

O chefe da Agência Internacional de Energia reforçou que buscar outras fontes de energia e as renováveis, não apenas ajudará o mundo a atingir as metas climáticas, mas que a segurança energética deve ser o principal impulsionador dessa transição energética. De fato, fontes adicionais de baixo carbono teriam ajudado a aliviar a atual crise, além de um investimento na produção das atuais fontes energéticas que não ocorreu no volume suficiente. Com isso, uma nova onde de investimentos, além de alternativas para uma transição mais rápida são as únicas maneiras de evitar essa crise global de energia que está sendo desenhada.