Sabia que é possível aplicar a neurociência às suas finanças? Vamos fazer um teste rápido, seu eu falar a palavra BANCO, o que vem 1o na sua cabeça?
Provavelmente você pensou numa instituição financeira, Bradesco, Itaú, Inter, Santander. A maioria pensou assim por saber que trabalho no mercado financeiro. Provavelmente, se estivéssemos numa loja de móveis você pensaria em outro tipo de banco.
Consigo prever com boa chances de acertar o que você iria pensar pois conheço como o cérebro funciona. Estudo muito sobre neurociência. Como sabe que o meu propósito é te ajudar a alcançar sua liberdade financeira, conquistar seus sonhos, para isso preciso conhecer, não só a respeito do mercado financeiro, mas também da psicologia financeira. Para chegarmos nesses objetivos, precisamos tomar melhores decisões. Isso é importante para a vida e para as finanças.
Existe um conceito em neurociência, finanças comportamentais, chamado de heurísticas. Heurísticas são atalhos mentais, estratégias práticas que diminuem o tempo de tomada de decisões. Uma evolução que nos fez chegar até aqui! Esses atalhos funcionam como regras para decisões rápidas e são muito úteis para economizar energia.
O problema é que podem nos levar a tendências inconscientes. Decisões tendenciosas, enviesadas. O VIÉS que fez você pensar numa instituição financeira quando falei a palavra BANCO é o da disponibilidade.
Existem inúmeras pesquisas comportamentais, testes e exemplos dos vieses em ação. Um que estamos muito familiarizados é o quando decidimos comprar um carro novo e ao escolher o modelo, de repente, começamos a ver esse carro por todos os lados. Já sentiu isso?
Aliás, eu dar esse exemplo também é o viés da disponibilidade em ação. Esse exemplo é sempre dado e estava disponível facilmente para mim enquanto eu buscava um exemplo. Entendeu?
No nosso mundo das finanças o viés da disponibilidade está muito presente nas decisões de investimentos. Por exemplo, em ações acontece com bastante frequência a seguinte situação:
Mercado em alta, ações subindo, jornais, noticiários, conversas, em todos os lugares aparecem a informação do papel que valorizou x%, do recorde alcançado na cotação da empresa y na bolsa. Ou seja, informações muito disponíveis e pessoas querem “aproveitar as oportunidades”.
Geralmente sem pensar muito, motivadas pelas noticias, entram, comprar já atrasadas e o movimento começa a inverter. Assustam e saem, vendem na baixa. Não pensaram em estratégia, apenas decidiram rápido.
Nunca viu ninguém fazer isso? Talvez até mesmo você já foi vítima disso. Qual solução prática para não cair mais em decisões pouco conscientes e tendenciosas nos seus investimentos?
1 – lembrar que esse mecanismo existe pra gente sobreviver. Já teríamos sido extintos se todas as decisões que temos que tomar todos os dias dependessem do nosso raciocínio e análise.
2 – sabendo disso, que esse mecanismo está sempre em ação, parar, pensar, pedir ajuda de um especialista se precisar e criar uma estratégia de longo prazo. Estabelecer premissas que te blindem desse tipo de comportamento.