O IPO da Porsche está marcado para o dia 29 de setembro. Está sendo criada uma enorme expectativa e talvez seja um dos maiores da história do mercado de ações europeu e provavelmente será o evento financeiro do ano.
Montei uma série de 3 posts explicando esse evento. Esse é o 1o deles.
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A Oferta Pública Inicial (IPO) da Porsche AG está marcada para 29 de setembro, na bolsa de Frankfurt – Alemanha. A Volkswagen, empresa controladora da marca, vai lançar 12,5% das ações da Porsche, levantando cerca de R$ 47 bilhões (€ 9 bilhões) para a empresa.
No momento do IPO, a Volkswagen anunciou que a Porsche AG será dividida em duas metades, dividida entre ações ordinárias e ações preferenciais.
Interessante saber que as ações ordinárias – com direito de voto e controle – não serão listadas, permanecendo com a Volkswagen. As demonstrações financeiras da Porsche AG permanecerão dentro dos resultados da Volkswagen, a Volkswagen manterá uma participação de controle e as empresas continuarão se beneficiando da “cooperação industrial”.
Porém, a Porsche Automobil Holding SE, que é controlada pelas famílias Porsche e Piëch, comprará 25% das ações ordinárias mais uma, com um prêmio de 7,5%.
Até 25% das ações preferenciais, que somam um valor de 12,5% da empresa, irão flutuar no IPO, e estas são as disponíveis para compra pelos investidores externos. Como sabemos, no mercado financeiro internacional, as ações preferenciais não têm direito a voto, mas os titulares são priorizados para dividendos e também no caso de a empresa ser liquidada.
Ou seja, isso significa que os investidores no IPO só poderão comprar uma parte minoritária do float e sem controle sobre como a empresa é administrada. Isso geralmente desencoraja os grandes investidores institucionais.
Por outro lado, pequenos investidores que acreditam no negócio – quem não acredita na Porsche? – podem comprar ações dessa marca icônica e com um desconto relativo se houver pouca demanda para os papéis.
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