O que é um BOND?
Os BONDS são de forma uma simples um empréstimo feito por um
investidor a uma empresa, banco ou governo.
Aqui
no Brasil esses empréstimos tem diferentes nomes. Se é para uma empresa pode se
chamar debenture, para um banco geralmente um CDB e para o governo pode ser uma
letra financeira.
Um bond é título onde aquela entidade que recebeu o
dinheiro, reconhece a dívida e detalha as
taxas de juros, prazos e
datas de pagamento. Ela concorda em pagar o empréstimo em uma data específica no futuro e
fazer pagamentos de juros – os cupons – ao longo da vida desse empréstimo, geralmente duas vezes por ano.
Como funcionam os Bonds?
Empresas, bancos ou governos emitem esses títulos quando desejam levantar dinheiro, para
refinanciar dívidas,
financiar novos projetos ou manter suas operações. É basicamente um empréstimo.
Então quando os investidores compram um bond
(título), eles estão emprestando
dinheiro para a entidade que o emitiu. Cada bond é emitido com uma data de vencimento e os
respectivos prazos de
pagamento de juros.
O pagamento de juros é geralmente chamado de
cupom, e os títulos de prazo mais longo geralmente pagam cupons mais altos.
Faz todo sentido, certo? Pois quanto mais tempo demorar para receber o que
emprestei, maior o risco de não ser pago.
Os títulos têm um valor de face, também chamado
de valor nominal. Muito simples entender que se um título está sendo negociado por menos do que
o valor de face, diz-se que está sendo vendido com desconto ou
deságio. Quando um título está
sendo negociado por um preço acima do valor de face, diz-se que está sendo
negociado com um prêmio ou ágio.
Com
isso, entendemos que os BONDS, ou Títulos, nos Estados Unidos são sempre
marcados a mercado. Para você entender isso pra sempre. Marcação a mercado
significa que todos os dias, esses papéis são precificados para que você saiba,
mesmo que não tenha interesse em vender, quanto teria em mãos caso quisesse vender
seus bonds naquele dia.
Quando os títulos são emitidos, o preço é
geralmente definido pelo valor nominal. Com o passar do tempo, o valor justo
que os investidores atribuem aos preços dos títulos muda, e o principal
impulsionador desses movimentos de preços são as mudanças nas taxas de juros. Algo
que estamos vendo acontecer bastante atualmente.
Talvez
aqui complique um pouco, mas nada de outro planeta. Vale entender que existe uma relação inversa entre os movimentos das
taxas de juros e os preços dos títulos. Ou seja, quando os juros aumentam, os preços dos títulos geralmente caem. Se as taxas de juros diminuirem, os preços dos
títulos naturalmente aumentarão. Faz sentido?
Outros fatores, como mudanças na qualidade do
crédito – ou seja o RISCO da entidade emissora – , também afetam o preço que os investidores
estão dispostos a pagar por um título.
Se um determinado emissor de títulos receber uma
atualização de classificação de crédito, os investidores geralmente estarão
dispostos a pagar um preço mais alto por um título específico desse emissor do
que anteriormente. Isso geralmente fará com que o preço do título suba. Por
outro lado, quando houver um rebaixamento da classificação de crédito, os
investidores considerarão os títulos desse emissor como mais arriscados e exigirão
um retorno potencial maior. Isso geralmente fará com que o preço do título
caia, uma vez que títulos de maior rendimento terão preços mais baixos.
Alguns títulos são resgatáveis, o que significa
que a empresa ou o governo podem pagá-los antes que atinjam o vencimento.
Mas isso fica para um próximo artigo para não complicar mais.
Vale lembrar que o propósito desse texto como de todos os conteúdos que produzo é puramente para fins educacionais e não uma recomendação para comprar ou não comprar bonds.
Se aprendeu algo compartilhe para que outros também possam aprender com a gente.