Juros americanos subindo

O rendimento dos títulos do Tesouro americano de 10 anos passou dos 3,5% essa semana pela primeira vez desde 2011. A taxa do Tesouro de curto prazo de 2 anos subiu durante a noite e atingiu a máxima de 15 anos em 3,97%. A forte inversão e a baixa no mercado de títulos – como já falamos os títulos BONDS americanos são marcados a mercado estão assustando os investidores antes de outro forte aumento das taxas pelo Fed, que se reúne hoje para sua reunião de setembro. Enquanto a inflação continuar subindo, a volatilidade provavelmente permanecerá, com o banco central agora claramente disposto a reduzir as pressões sobre os preços a todo custo.


Os investidores estavam precificando uma chance de 80% de que o Comitê Federal de Mercado Aberto aumente sua taxa em 75 pontos base pela terceira vez, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME. Por outro lado, uma probabilidade de 20% de um aumento de 100 pontos-base. Outros bancos centrais também estão subindo hoje as taxas em um ponto percentual, para combater um ambiente que está tornando mais difícil para empresas e famílias planejarem suas finanças.


A volatilidade também está causando apreensão nos mercados de ações, com os principais índices subindo na segunda-feira, para cair novamente da noite para o dia. “Tudo o que me importa é encontrar o lado positivo, mas está ficando muito difícil achar”, observou Louis Navellier, diretor de investimentos da Navellier & Associates. “A declaração do Fed será tudo. Precisamos de uma luz no fim do túnel.”


Embora os rendimentos crescentes tenham esmagado os ETFs relacionados aos bonds, existem maneiras de os investidores explorarem um ambiente de taxas crescentes. Mas se os bonds sofrem com as altas de juros, como aproveitar essa queda? Os investidores internacionais que apostam em juros mais altos podem investir em ETFs inversos que são projetados para apostar contra os preços dos bonds e estão ativos. 


Quatro exemplos e seus preços YTD: 

ProShares Short 20+ Year Treasury ETF (NYSEARCA:TBF) +29%

ProShares UltraShort 20+ Year Treasury ETF (NYSEARCA:TBT) +65%

Direxion Daily 20+ Year Treasury Bear 3x Shares ETF (NYSEARCA:TMV) +102%

ProShares UltraPro Short 20+ Year Treasury (NYSEARCA:TTT) +103%

Vale sempre lembrar que meu interesse é educacional. Mudar a mentalidade do brasileiro a respeito de finanças, principalmente no mercado offshore. Não se trata de recomendações de investimentos e tampouco vendas de produtos. 
Importante educarmos principalmente nossos assessores de investimentos para que possam orientar da melhor forma seus clientes e desenvolvermos com isso a consciência financeira das pessoas que trabalham bastante para conquistar seus sonhos.

Glossário Bonds – renda fixa internacional

Tratamos nos artigos da semana anterior os bonds de uma forma prática sem ficar com aquelas sopas de letras e termos técnicos. É assim que busco falar para facilitar o entendimento. Caso você seja de mercado e prefira os termos técnicos ok, mas o perfil dos meus clientes são de pessoas muito ocupadas e extremamente focadas em suas carreiras, elas não tem tempo para ficar perdendo com esses detalhes.

Em todo caso, algumas vezes nos deparamos com alguns textos ou notícias e acredito que seja importante que você saiba o que significam alguns dos principais termos da renda fixa internacional.

Por essa razão, preparei esse “glossário dos bonds“.


BOND = Título:

É a obrigação legal assumida entre um emissor (devedor) e um credor (investidor), ou seja, o bond = título de renda fixa é um contrato de dívida.

NAME = Nome:

Nome da empresa emissora dos bonds no mercado.

TICKER = Código:

Código do respectivo bond no mercado.

FACE VALUE = Valor de Face:

Também chamado de “valor nominal” ou “valor de resgate”, ele é o valor que o emissor devolverá ao credor no vencimento do título.

COUPON = Cupom:

Representa o valor financeiro (US$) dos juros pagos anualmente ao investidor, ou seja, os juros pagos pelo título pactuados entre o credor e o emissor (geralmente pagos semestralmente).

COUPON RATE = Cupom Rate:

É a taxa percentual pela qual será calculado o valor de cupom a ser pago ao investidor, sendo sempre aplicado sobre o valor de emissão e não sobre os valores negociados no mercado secundário.

Ex: Você comprou 1 bond par (100) e recebe $ 6,25 por ano, ou $ 3,125 a cada 6 meses (ou seja 6,25% x U$ 1.000,00 por ano ou 6,25%/2 por semestre). 

OFFER PRICE = Preço do Título:

Representa o preço do bond, em termos de porcentagem (%) do valor de face (par), que o revendedor (mercado secundário) está pedindo ao investidor para pagar.

Ex: Ele pode estar sendo negociado a 97,14 (deságio) de um bond $1.000,00 = $ 971,40. Outro exemplo, você pode encontrar um bond a 103,12 que representa $1.031,20 (ágio).

DURATION = Prazo Médio:

A duration representa quanto tempo leva, em anos, para um investidor ser reembolsado pelo preço do bond sendo pago pelos fluxos de caixa totais do título.

MATURITY = Maturidade (Vencimento):

Não devemos confundir “MATURIDADE” com “PRAZO MÉDIO” do título. Maturidade é a data de vencimento do título, encerramento da dívida. Já o Prazo Médio leva em consideração todos os recebimentos de juros pagos.

OBS: Títulos sem Cupom, possuem Maturidade e Prazo Médio Iguais. 

OFFER YTM % = Taxa de Retorno:

O Yield to Maturity (YTM), também conhecido como Yield to Offer, é a taxa interna de retorno (TIR) de um bond, se o investidor segurá-lo até o vencimento. Resumindo, é o rendimento que o investidor irá receber da data da compra até o vencimento, quando receber todos os pagamentos de juros e o principal.

RATING = Avaliãção de Risco:

Representa a qualidade da dívida emitida segundo agências de risco internacionais. Quanto melhor a classificação de risco de um bond, naturalmente menor será a taxa de juros que ele carregará, assim como, quanto pior a avaliação de risco do título, maior será o juros pago naquela emissão.

OBS: Bonds com classificação acima de “BBB-“, segundo a Standard & Poor’s, e “Baa3”, pela Moody’s são considerados como grau de investimento (Investment Grade). Já os famosos "Junk bonds", ou High Yield (H.Y.) possuem avaliações mais baixas e tendem a pagar mais juros devido aos elevados riscos.

Bonds, renda fixa internacional é um assunto pouco dominado aqui no Brasil. Frequentemente recebo perguntas de clientes e inclusive de assessores aqui no escritório. Caso você tenha ainda com alguma dúvida, fique a vontade para deixar seu comentário que terei o maior prazer em orientá-lo.

Se gostou, aprendeu algo novo, compartilhe com quem acredita que também pode se interessar.

Bonds: Como investir

O que considerar antes de comprar Bonds

Ao considerar quais títulos comprar ou até mesmo se vale a pena investir em bonds, você deve avaliar se a empresa ou entidade emissora será capaz de devolver o dinheiro com juros.

Os investidores frequentemente analisam a qualidade de crédito do emissor por meio do rating da Moody’s, Fitch ou Standard & Poor’s, que são as três grandes agências de classificação de crédito. Rating AAA é a classificação mais alta, e há uma infinidade de classificações mais baixas a partir daí. Geralmente, os títulos abaixo de BBB são considerados mais arriscados.

Os investidores devem sempre considerar se é um bom momento para comprar títulos. Os bonds são um elemento importante na diversificação, portanto, os investidores podem querer ter em seus portfólios na maioria das vezes. No entanto, como já mencionei anteriormente, é importante ser cauteloso sobre os riscos desse tipo de investimento e o momento dessas alocações.

Como comprar títulos

Os investidores podem comprar bonds com a ajuda de um banker ou assessor de investimentos com experiência em investimentos internacionais para orientá-lo. Pode ser comprado diretamente por meio de algumas corretoras americanas. Os investidores também podem obter exposição a bonds indiretamente, por meio de um fundo mútuo ou fundo de renda fixa que invista nessa classe de ativos.

Uma curiosidade, os americanos podem comprar os bonds diretamente do governo pelo site do Tesouro Direto dos Estados Unidos.

Como calcular o rendimento de um bond

Para calcular o rendimento de um bond, você divide o pagamento anual do cupom pelo preço do título.

Bond Yield = pagamento anual do cupom / preço do título

Obviamente, o rendimento muda sempre que o preço do título muda. Por exemplo, se um investidor compra um título pelo valor nominal de U$ 1.000 e o título paga U$ 100 por ano durante 10 anos, o rendimento nesse cenário é de 10%. No entanto, se o investidor comprar o mesmo título por U$ 800, o seu rendimento aumenta para 12,5%. (Bond Yield = U$ 100 / U$ 800)

Você deve investir em bonds?

Tal como acontece na alocação em todos os tipos de produtos financeiros, os investidores devem considerar os riscos de investir em bonds e pesá-los em relação às recompensas potenciais.

Os títulos são geralmente um instrumento importante numa carteira diversificada. Por um lado, os títulos fornecem pagamentos de juros estáveis ​​e são menos arriscados do que alguns outros investimentos, como ações. Por outro, os títulos enfrentam risco de taxa de juros, risco de inflação e risco de reinvestimento.

IMPORTANTE: Este artigo é estritamente para fins educacionais e não uma recomendação para comprar ou não comprar títulos.

Prós e contras ao investir em Bonds

Assim como em todos os outros tipos de investimentos, existem vantagens e desvantagens em investir em bonds.

Vantagens dos Bonds

• Diversificação: Investir em bonds pode adicionar diversificação ao seu portfólio e muitas vezes são mais seguros e menos voláteis do que alguns investimentos.

• Juros: Os títulos oferecem rendimentos de juros regulares e, portanto, são frequentemente recomendados para aposentados que dependem desses recebimentos dos juros para pagar suas despesas.

• Os preços dos títulos podem se valorizar: isso pode acontecer dependendo das taxas de juros.

IMPORTANTE: Nem todos os bonds apresentam o mesmo risco. Os bonds corporativos são considerados mais arriscados do que os títulos do governo americano, por exemplo.

Desvantagens dos Bonds

• As taxas de juros mudam, tornando alguns títulos menos atraentes em determinados momentos.

• Sujeito à volatilidade do risco de mercado e risco de crédito.

• Nos bonds resgatáveis (callable) sempre há uma chance de que as empresas possam resgatar seus títulos quando as taxas de juros caem para garantir uma taxa mais atraente para si em uma nova emissão de títulos.

IMPORTANTE: Um dos maiores benefícios dos títulos é que eles fazem pagamentos regulares de juros, mas sempre há uma chance de que as taxas de juros aumentem, reduzindo o valor do título no curto prazo.

O propósito desse texto como de todos os conteúdos que produzo é educacional e não uma recomendação para comprar ou não comprar bonds.

Se aprendeu algo compartilhe esse artigo para que outros também possam aprender com a gente.

As diferenças entre bonds e ações

Qual é a diferença entre bonds e ações?

Um bond é um tipo de investimento assim como uma ação. Porém, as ações, ao contrário dos títulos, representam um pequeno pedaço de uma empresa. Já os bonds, como já entendemos anteriormente, são um empréstimo a uma empresa, banco ou governo.

Os detentores de bonds normalmente recebem pagamentos predeterminados de juros e o valor emprestado é recebido de volta na data de vencimento do título. Por outro lado, os retornos aos acionistas são menos certos e dependem substancialmente do sucesso financeiro da empresa.

Risco e Volatilidade

As ações geralmente são mais arriscadas e mais voláteis do que os títulos, o que faz sentido, já que os títulos tendem a pagar retornos pré-definidos, enquanto a ser dono de um pedaço de uma empresa está sujeito a muito potencial de alta, porém também ao risco de queda.

Os investidores de ações precificam ativamente o potencial de alta ou o risco de queda de uma ação sempre que os mercados estão abertos, o que pode levar a muita volatilidade, especialmente quando as expectativas estão mudando. Os bonds, como já vimos, também são precificados, por exemplo, de acordo com as taxas de juros do mercado e qualidade do crédito.

Não quero complicar muito, mas também é importante saber que, nos casos de insolvência de uma empresa, os titulares da dívida têm direitos prioritários e serão pagos antes dos acionistas.

Pagamentos de Cupons x Dividendos

A maioria dos títulos vem com pagamentos de cupons semestrais. Mas também podemos encontrar emissões com pagamentos uma vez por ano, uma vez por trimestre ou até mesmo uma vez por mês. Por outro lado, as ações podem ou não pagar dividendos, e quando pagam geralmente é feito trimestralmente.

Ciclo de vida de uma ação versus um título

Por fim, é interessante entendermos a diferença a respeito de prazos. Quando o bond vence, o emissor paga o principal de volta ao investidor. Já no caso das ações, geralmente são negociadas em perpetuidade, ou seja, sem vencimento. Nesse caso, para ter o principal de volta você precisa vender a mercado suas ações, a menos que a empresa as compre de volta ou a empresa esteja sujeita a uma oferta de aquisição.

Se você aprendeu algo interessante, com certeza alguém também irá aprender. Compartilhe o conhecimento 🙂

Taxa de juros x Preço dos Bonds

No artigo anterior aprendemos que um bond é um título que representa um empréstimo de um investidor a uma empresa, banco ou governo. Agora vamos entender um pouco mais a respeito desses papéis e a relação com a taxa de juros.

Exemplo de taxa de juros x preço de título

Agora que você já entendeu o básico sobre bonds, você sabe que existe uma relação inversa entre os movimentos das taxas de juros e os preços dos títulos.

Para entender essa relação, considere um título com valor nominal de U$ 1.000 que foi emitido quando as taxas de juros estavam em 4%. Isso nos faz entender que U$ 40 em cupons (4% de $ 1.000) seriam pagos ao dono do título anualmente. Juros simples pagos no ano, ok?

Imagine agora que as taxas de juros subiram de 4% para 5%. Faz sentido pensar que os novos investidores agora podem ganhar US$ 50 em cupons anuais em um novo título de valor de face de US$ 1.000 com o mesmo vencimento, certo?

Como resultado, o título anterior que paga apenas U$ 40 em cupons anuais parece muito menos atraente do que aquele que paga U$ 50 em cupons anuais. Por esse motivo, os investidores não estariam mais dispostos a pagar US$ 1.000 pelo título que paga apenas US$ 40 por ano. Em vez disso, eles só estariam interessados ​​em comprar esse título com desconto, por um preço abaixo de US$ 1.000.

Faz sentido? Agora deu para entender o motivo das cotações dos bonds mudarem apesar de ser um investimento de renda fixa?

Se te ajudou, com certeza será útil para mais alguém. Compartilhe!

bonds

O que são os BONDs e como funcionam?

O que é um BOND?

Os BONDS são de forma uma simples um empréstimo feito por um investidor a uma empresa, banco ou governo.

Aqui no Brasil esses empréstimos tem diferentes nomes. Se é para uma empresa pode se chamar debenture, para um banco geralmente um CDB e para o governo pode ser uma letra financeira.  

Um bond é título onde aquela entidade que recebeu o dinheiro, reconhece a dívida e detalha as taxas de juros, prazos e datas de pagamento. Ela concorda em pagar o empréstimo em uma data específica no futuro e fazer pagamentos de juros – os cupons – ao longo da vida desse empréstimo, geralmente duas vezes por ano.

Como funcionam os Bonds?

Empresas, bancos ou governos emitem esses títulos quando desejam levantar dinheiro, para refinanciar dívidas, financiar novos projetos ou manter suas operações. É basicamente um empréstimo.

Então quando os investidores compram um bond (título), eles estão emprestando dinheiro para a entidade que o emitiu. Cada bond é emitido com uma data de vencimento e os respectivos prazos de pagamento de juros.

O pagamento de juros é geralmente chamado de cupom, e os títulos de prazo mais longo geralmente pagam cupons mais altos. Faz todo sentido, certo? Pois quanto mais tempo demorar para receber o que emprestei, maior o risco de não ser pago.

Os títulos têm um valor de face, também chamado de valor nominal. Muito simples entender que se um título está sendo negociado por menos do que o valor de face, diz-se que está sendo vendido com desconto ou deságio. Quando um título está sendo negociado por um preço acima do valor de face, diz-se que está sendo negociado com um prêmio ou ágio.

Com isso, entendemos que os BONDS, ou Títulos, nos Estados Unidos são sempre marcados a mercado. Para você entender isso pra sempre. Marcação a mercado significa que todos os dias, esses papéis são precificados para que você saiba, mesmo que não tenha interesse em vender, quanto teria em mãos caso quisesse vender seus bonds naquele dia.

Quando os títulos são emitidos, o preço é geralmente definido pelo valor nominal. Com o passar do tempo, o valor justo que os investidores atribuem aos preços dos títulos muda, e o principal impulsionador desses movimentos de preços são as mudanças nas taxas de juros. Algo que estamos vendo acontecer bastante atualmente.

Talvez aqui complique um pouco, mas nada de outro planeta. Vale entender que existe uma relação inversa entre os movimentos das taxas de juros e os preços dos títulos. Ou seja, quando os juros aumentam, os preços dos títulos geralmente caem. Se as taxas de juros diminuirem, os preços dos títulos naturalmente aumentarão. Faz sentido?

Outros fatores, como mudanças na qualidade do crédito – ou seja o RISCO da entidade emissora – , também afetam o preço que os investidores estão dispostos a pagar por um título.

Se um determinado emissor de títulos receber uma atualização de classificação de crédito, os investidores geralmente estarão dispostos a pagar um preço mais alto por um título específico desse emissor do que anteriormente. Isso geralmente fará com que o preço do título suba. Por outro lado, quando houver um rebaixamento da classificação de crédito, os investidores considerarão os títulos desse emissor como mais arriscados e exigirão um retorno potencial maior. Isso geralmente fará com que o preço do título caia, uma vez que títulos de maior rendimento terão preços mais baixos.

Alguns títulos são resgatáveis, o que significa que a empresa ou o governo podem pagá-los antes que atinjam o vencimento. Mas isso fica para um próximo artigo para não complicar mais.

Vale lembrar que o propósito desse texto como de todos os conteúdos que produzo é puramente para fins educacionais e não uma recomendação para comprar ou não comprar bonds.

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