4 suposições que podem prejudicar sua independência financeira

Tenho certeza que você já presenciou, ou pelo menos ouviu alguém contar, que nunca guardou um centavo e quando percebeu o erro, era tarde demais, certo? Provavelmente, essa pessoa fez alguma suposição equivocada, que mais pra frente na vida se provou errada e era tarde demais. A independência financeira seria um sonho nunca alcançado.

Não gosto muito de quem usa bordões. Acredito que existam formas mais inteligentes de se expressar. Porém, vou usar uma expressão que cria uma imagem clara, para que você possa lembrar daqui pra frente quando pensar em suas finanças: “nunca conte com o ovo no *** da galinha”.

Quando se trata de planejamento para a independência financeira, as suposições que ouço geralmente são motivo de riso. Vou abusar e usar outro bordão – “esperar o melhor, planejar para o pior” – esse sim faz mais sentido.

Suposições incorretas na hora de fazer o planejamento do seu futuro, da sua independência, são particularmente problemáticas porque, quando um aposentado ou pré-aposentado percebe que seu plano está com problemas, ele pode ter pouco tempo para corrigi-lo; gastar menos ou trabalhar mais pode não ser viável.

Aqui estão 4 suposições muito comuns – e extremamente perigosas – que já ouvi ao ajudar pessoas a planejar para sua independência financeira:

1 – Os retornos do mercado de ações e renda fixa serão expressivos.
2 – A inflação será leve.
3 – É fácil trabalhar depois dos 65 anos.
4 – Meu favorito- esperar receber uma herança.

Nos próximos posts vou buscar detalhar cada uma dessas suposições, mas para as pessoas mais ansiosas, aqui estão orientações rápidas para evitá-las:

1 – Seja menos otimista nas suas projeções de retorno dos investimentos e considere ajustar para baixo seus gastos mensais após “pendurar as chuteiras” (juro que foi o último e não vou mais abusar dos bordões).
2 – Use dados de inflação de longo prazo no planejamento e considere usar hedges (proteção) de inflação em sua carteira de aposentadoria.
3 – Esteja pronto para adotar outras medidas, como aumentar sua taxa de poupança mensal, se você estiver numa profissão que a idade possa dificultar que continue trabalhando.
4 – Nunca dependa de uma herança! Assuma sempre a responsabilidade do seu futuro.

Por esses motivos o Reino Unido está se tornando um mercado emergente

De acordo com o analista do Saxo Bank, Christopher Dembik, o Reino Unido está perdendo seu status de mercado desenvolvido. Como resultado de problemas econômicos internos que estão levando o país a se tornar um mercado emergente. Uma barreira muito fina o impede de passar de uma categoria para outra.

 

Os elementos que o analista aponta para sustentar seu argumento são inflação alta, instabilidade política e problemas comerciais. Vale lembrar que a crise no setor de energia é o principal impulsionador do atual patamar do índice de preços ao consumidor (9,4%). No entanto, os preços dos alimentos também estão jogando fortemente contra os orçamentos familiares.

 

Além disso, o banco central do país espera que uma das piores recessões dos últimos tempos comece no quarto trimestre de 2022. O Produto Interno Bruto (PIB) deve cair abaixo de 2,1% e a inflação deve chegar a 13% já em outubro. Este último supera confortavelmente as previsões de menos de três meses atrás, quando a inflação deveria atingir 11% até o final do ano.

Saxo Bank aponta para vários fatores negativos

O fato do Saxo Bank ter uma previsão desfavorável para a economia do país é impressionante. Muitos dos dados utilizados pelo referido analista daquela instituição são provenientes do Bank of England e de outras entidades oficiais. A partir daí, pode-se dizer que são muitos os fatores que fazem o Reino Unido parecer um mercado emergente, ele ressalta.

 

A instabilidade política é um dos elementos mais característicos do status econômico de uma potência. Nesse sentido, as autoridades do país estão envolvidas em inúmeros conflitos, que levaram à demissão do primeiro-ministro, Boris Johnson. O novo primeiro-ministro britânico será anunciado em 5 de setembro, em meio a uma forte luta entre os conservadores Liz Truss e Rishi Sunak.

 

A queda acentuada do padrão de vida do país também é outro forte elemento citado pelo analista. Espera-se que os preços da energia subam mais 70%, o que deixaria a fatura média anual em £ 3.400 libras. Tal cenário empurraria milhares de famílias abaixo da linha da pobreza. Pior, no entanto, é que os preços das contas continuariam a subir até 2023.

 

Acrescente a esse cenário as interrupções no comércio causadas pelo Brexit e as consequências contínuas dos gargalos gerados pela pandemia. Com isso em perspectiva, o analista do Saxo Bank diz que tudo aponta para a Inglaterra se tornar um mercado emergente em pouco tempo.

Todos os elementos estão no lugar (exceto um)

Segundo Dembik, a linha que separa a conversão do país em um mercado emergente é tão tênue que apenas um elemento a separa. É uma crise cambial, típica de nações em desenvolvimento. Ou seja, se a libra esterlina entrar em crise, o país perderia oficialmente seu status de mercado desenvolvido, segundo o analista.

 

No entanto, parece improvável que o cenário de uma libra fraca apareça no curto prazo. O analista observa que, apesar dos fortes ventos contrários, a moeda do país continua solidamente posicionada. “Ela caiu apenas 0,7% em relação ao euro e 1,5% em relação ao dólar americano na semana passada. Nossa aposta: depois de sobreviver à semana do Brexit, não vemos o que poderia empurrar a libra para uma queda livre”, diz o especialista do Saxo Bank.

 

Mas esse é um dos poucos fatores positivos que ele vê e ele espera que a economia sofra muito mais nos próximos meses. Para se ter uma ideia, alguns elementos de termômetro se destacam para medir a saúde da economia. Um deles são os registros de carros novos, que caíram drasticamente ano a ano.

 

Dados citados pelo portal CNBC apontam que esse mercado caiu de 1,835 milhão em julho de 2021 para 1,528 milhão no mesmo mês deste 2022. “Esse é o nível mais baixo desde o final da década de 1970”, diz o analista.

Uma longa e profunda recessão na economia do Reino Unido

Todos os especialistas parecem concordar que haverá uma recessão muito dolorosa para a economia britânica. Por exemplo, o banco central aponta que a melhoria não é esperada nos próximos 3 anos. Até então, o PIB estaria se movendo ainda abaixo dos níveis atuais. O analista cita o BCE no possível 1,7% do PIB abaixo do nível atual até meados de 2025.

 

“O que o Brexit não conseguiu fazer sozinho, o Brexit, a inflação e a covid fizeram. A economia britânica está esmagada”, explica ele, acrescentando que a recessão será “longa e profunda”. Por outro lado, a previsão de 5 trimestres consecutivos de PIB negativo colocaria o BCE numa posição de “esperar para ver”, diz o analista do Saxo Bank.

 

O Banco de Investimento Dinamarquês assume uma posição idêntica. Essa instituição acredita que o BCE fará sua última alta de juros em setembro e adotará uma postura passiva a partir de então. No outro extremo, o think tank National Institute for Economic and Social Research (NIESR) acredita que a inflação forçará o banco central a ser mais agressivo. Citados no The Guardian, os especialistas afirmam que a inflação está longe do pico e em breve atingirá “níveis astronômicos”.

 

Tal cenário de preços cronicamente crescentes levaria o BCE a fazer aumentos de juros acima do esperado. Stephen Millar, vice-diretor do NIESR acredita que até a primavera do próximo ano a economia atingirá uma contração de 1%. Quanto ao prolongamento da recessão, são mais conservadores e apontam para 3 trimestres consecutivos.

Saxo Bank espera consequências de longo prazo para a economia do Reino Unido

Quanto ao longo prazo, as consequências da atual crise britânica serão sentidas pelas gerações atualmente ativas no mercado de trabalho. Essa é a visão de Dembik, que acredita que as pessoas que ganham a vida no mercado de trabalho têm um futuro incerto, o que afeta diretamente a próxima geração.

 

“Imagine o graduado entrando no mercado de trabalho em 2009/10, a quem será dito que aquele foi um acidente único na vida. Agora ele está com 30 e poucos anos e tem outra crise econômica única na vida”, comenta. Ele acrescenta que essas pessoas terão uma economia salarial reprimida e sem perspectivas de moradia, além de dois anos perdidos de socialização durante a pandemia.

 

A isso ele acrescenta “contas obscenas de energia e aluguel e agora uma longa recessão”. O especialista do Saxo Bank conclui que isso inevitavelmente leva a mais pobreza e desespero. O resultado direto desse cenário é a desconfiança nas instituições governamentais e, eventualmente, no sistema político e suas garantias sociais.

 

Esse tipo de confiança nas instituições, uma vez danificada, é difícil de reparar. O BCE projeta que a renda disponível real após impostos das famílias sofrerá um colapso sem precedentes. Ele está olhando para um colapso de 3,7% entre os próximos dois anos. As famílias de baixa renda sofrerão o impacto, diz o especialista.

 

Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional, citadas por Dembik, os lares britânicos estão entre os mais atingidos na Europa. Recentemente, este meio de comunicação informou que o preço médio para encher o tanque de um carro familiar excede £ 100 libras esterlinas.

Texto traduzido do artigo original https://investortimes.com/saxo-bank-united-kingdom-is-becoming-an-emerging-market/

Bonds: Como investir

O que considerar antes de comprar Bonds

Ao considerar quais títulos comprar ou até mesmo se vale a pena investir em bonds, você deve avaliar se a empresa ou entidade emissora será capaz de devolver o dinheiro com juros.

Os investidores frequentemente analisam a qualidade de
crédito do emissor por meio do
rating da Moody’s, Fitch ou
Standard & Poor’s, que
são as três grandes agências de classificação de crédito. Rating AAA é a classificação mais alta,
e há uma infinidade de classificações mais baixas a partir daí. Geralmente, os títulos abaixo de BBB são considerados
mais arriscados.

Os investidores devem sempre considerar se é um bom momento para comprar títulos. Os bonds são um elemento importante na diversificação, portanto, os investidores podem querer ter em seus portfólios na maioria das vezes. No entanto, como já mencionei anteriormente, é importante ser cauteloso sobre os riscos desse tipo de investimento e o momento dessas alocações.

Como comprar títulos

Os investidores podem comprar bonds com a ajuda de um banker ou assessor de investimentos com experiência em investimentos internacionais para orientá-lo. Pode ser comprado diretamente por meio de algumas corretoras americanas. Os investidores também podem obter exposição a bonds indiretamente, por meio de um fundo mútuo ou fundo de renda fixa que invista nessa classe de ativos.

Uma
curiosidade, os
americanos podem comprar os bonds diretamente do governo pelo site do Tesouro Direto dos Estados Unidos.

Como calcular o rendimento de um bond

Para calcular o rendimento de um bond, você divide o
pagamento anual do cupom pelo preço do título.

Bond Yield = pagamento anual do cupom / preço do título

Obviamente, o rendimento muda sempre que o preço do título muda. Por exemplo, se um investidor compra um título pelo valor nominal de U$ 1.000 e o título paga U$ 100 por ano durante 10 anos, o rendimento nesse cenário é de 10%. No entanto, se o investidor comprar o mesmo título por U$ 800, o seu rendimento aumenta para 12,5%. (Bond Yield = U$ 100 / U$ 800)

Você deve investir em bonds?

Tal como acontece na alocação em todos os tipos de produtos financeiros, os investidores devem considerar os riscos de investir em bonds e pesá-los em relação às recompensas potenciais.

Os títulos são geralmente um instrumento importante numa carteira diversificada.
Por um lado, os títulos fornecem pagamentos de juros estáveis ​​e são menos arriscados do que alguns outros
investimentos, como ações. Por outro, os títulos enfrentam risco de taxa de
juros, risco de inflação e risco de reinvestimento.

IMPORTANTE:
Este artigo é estritamente para fins
educacionais e não uma recomendação para comprar ou não comprar títulos.

Prós e contras ao investir em Bonds

Assim como em todos os outros tipos de investimentos, existem vantagens e desvantagens em investir em bonds.

Vantagens dos Bonds

• Diversificação: Investir em bonds pode adicionar diversificação ao seu portfólio e muitas vezes são mais seguros e menos voláteis do que alguns investimentos.

• Juros: Os títulos oferecem rendimentos de juros regulares e, portanto, são frequentemente recomendados para aposentados que dependem desses recebimentos dos juros para pagar suas despesas.

• Os preços dos títulos podem se valorizar: isso pode acontecer dependendo das taxas de juros.

IMPORTANTE: Nem todos os bonds apresentam o mesmo risco. Os bonds corporativos são considerados mais arriscados do que os títulos do governo americano, por exemplo.

Desvantagens dos Bonds

• As taxas de juros mudam, tornando alguns títulos menos atraentes em determinados momentos.

• Sujeito à volatilidade do risco de mercado e risco de crédito.

• Nos bonds resgatáveis (callable) sempre há uma chance de que as empresas possam resgatar seus títulos quando as taxas de juros caem para garantir uma taxa mais atraente para si em uma nova emissão de títulos.

IMPORTANTE: Um dos maiores benefícios dos títulos é que eles fazem pagamentos regulares de juros, mas sempre há uma chance de que as taxas de juros aumentem, reduzindo o valor do título no curto prazo.

O propósito desse texto como de todos os conteúdos que produzo é educacional e não uma recomendação para comprar ou não comprar bonds.

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As diferenças entre bonds e ações

Qual é a diferença entre bonds e ações?

Um bond é um tipo de investimento assim como uma ação. Porém, as ações, ao contrário dos títulos, representam um pequeno pedaço de uma empresa. Já os bonds, como já entendemos anteriormente, são um empréstimo a uma empresa, banco ou governo.

Os detentores de bonds normalmente recebem pagamentos predeterminados de juros e o valor emprestado é recebido de volta na data de vencimento do título. Por outro lado, os retornos aos acionistas são menos certos e dependem substancialmente do sucesso financeiro da empresa.

Risco e Volatilidade

As ações geralmente são mais arriscadas e mais voláteis do que os títulos, o que faz sentido, já que os títulos tendem a pagar retornos pré-definidos, enquanto a ser dono de um pedaço de uma empresa está sujeito a muito potencial de alta, porém também ao risco de queda.

Os investidores de ações precificam ativamente o potencial de alta ou o risco de queda de uma ação sempre que os mercados estão abertos, o que pode levar a muita volatilidade, especialmente quando as expectativas estão mudando. Os bonds, como já vimos, também são precificados, por exemplo, de acordo com as taxas de juros do mercado e qualidade do crédito.

Não quero complicar muito, mas também é importante saber que, nos casos de insolvência de uma empresa, os titulares da dívida têm direitos prioritários e serão pagos antes dos acionistas.

Pagamentos de Cupons x Dividendos

A maioria dos títulos vem com pagamentos de cupons semestrais. Mas também podemos encontrar emissões com pagamentos uma vez por ano, uma vez por trimestre ou até mesmo uma vez por mês. Por outro lado, as ações podem ou não pagar dividendos, e quando pagam geralmente é feito trimestralmente.

Ciclo de vida de uma ação versus um título

Por fim, é interessante entendermos a diferença a respeito de prazos. Quando o bond vence, o emissor paga o principal de volta ao investidor. Já no caso das ações, geralmente são negociadas em perpetuidade, ou seja, sem vencimento. Nesse caso, para ter o principal de volta você precisa vender a mercado suas ações, a menos que a empresa as compre de volta ou a empresa esteja sujeita a uma oferta de aquisição.

Se você aprendeu algo interessante, com certeza alguém também irá aprender. Compartilhe o conhecimento 🙂

Taxa de juros x Preço dos Bonds

No artigo anterior aprendemos que um bond é um título que representa um empréstimo de um investidor a uma empresa, banco ou governo. Agora vamos entender um pouco mais a respeito desses papéis e a relação com a taxa de juros.

Exemplo de taxa de juros x preço de título

Agora que você já entendeu o básico sobre bonds, você sabe que existe uma relação inversa entre os movimentos das taxas de juros e os preços dos títulos.

Para entender essa relação, considere um título com valor nominal de U$ 1.000 que foi emitido quando as taxas de juros estavam em 4%. Isso nos faz entender que U$ 40 em cupons (4% de $ 1.000) seriam pagos ao dono do título anualmente. Juros simples pagos no ano, ok?

Imagine agora que as taxas de juros subiram de 4% para 5%. Faz sentido pensar que os novos investidores agora podem ganhar US$ 50 em cupons anuais em um novo título de valor de face de US$ 1.000 com o mesmo vencimento, certo?

Como resultado, o título anterior que paga apenas U$ 40 em cupons anuais parece muito menos atraente do que aquele que paga U$ 50 em cupons anuais. Por esse motivo, os investidores não estariam mais dispostos a pagar US$ 1.000 pelo título que paga apenas US$ 40 por ano. Em vez disso, eles só estariam interessados ​​em comprar esse título com desconto, por um preço abaixo de US$ 1.000.

Faz sentido? Agora deu para entender o motivo das cotações dos bonds mudarem apesar de ser um investimento de renda fixa?

Se te ajudou, com certeza será útil para mais alguém. Compartilhe!

bonds

O que são os BONDs e como funcionam?

O que é um BOND?

Os BONDS são de forma uma simples um empréstimo feito por um investidor a uma empresa, banco ou governo.

Aqui no Brasil esses empréstimos tem diferentes nomes. Se é para uma empresa pode se chamar debenture, para um banco geralmente um CDB e para o governo pode ser uma letra financeira.  

Um bond é título onde aquela entidade que recebeu o dinheiro, reconhece a dívida e detalha as taxas de juros, prazos e datas de pagamento. Ela concorda em pagar o empréstimo em uma data específica no futuro e fazer pagamentos de juros – os cupons – ao longo da vida desse empréstimo, geralmente duas vezes por ano.

Como funcionam os Bonds?

Empresas, bancos ou governos emitem esses títulos quando desejam levantar dinheiro, para refinanciar dívidas, financiar novos projetos ou manter suas operações. É basicamente um empréstimo.

Então quando os investidores compram um bond (título), eles estão emprestando dinheiro para a entidade que o emitiu. Cada bond é emitido com uma data de vencimento e os respectivos prazos de pagamento de juros.

O pagamento de juros é geralmente chamado de cupom, e os títulos de prazo mais longo geralmente pagam cupons mais altos. Faz todo sentido, certo? Pois quanto mais tempo demorar para receber o que emprestei, maior o risco de não ser pago.

Os títulos têm um valor de face, também chamado de valor nominal. Muito simples entender que se um título está sendo negociado por menos do que o valor de face, diz-se que está sendo vendido com desconto ou deságio. Quando um título está sendo negociado por um preço acima do valor de face, diz-se que está sendo negociado com um prêmio ou ágio.

Com isso, entendemos que os BONDS, ou Títulos, nos Estados Unidos são sempre marcados a mercado. Para você entender isso pra sempre. Marcação a mercado significa que todos os dias, esses papéis são precificados para que você saiba, mesmo que não tenha interesse em vender, quanto teria em mãos caso quisesse vender seus bonds naquele dia.

Quando os títulos são emitidos, o preço é geralmente definido pelo valor nominal. Com o passar do tempo, o valor justo que os investidores atribuem aos preços dos títulos muda, e o principal impulsionador desses movimentos de preços são as mudanças nas taxas de juros. Algo que estamos vendo acontecer bastante atualmente.

Talvez aqui complique um pouco, mas nada de outro planeta. Vale entender que existe uma relação inversa entre os movimentos das taxas de juros e os preços dos títulos. Ou seja, quando os juros aumentam, os preços dos títulos geralmente caem. Se as taxas de juros diminuirem, os preços dos títulos naturalmente aumentarão. Faz sentido?

Outros fatores, como mudanças na qualidade do crédito – ou seja o RISCO da entidade emissora – , também afetam o preço que os investidores estão dispostos a pagar por um título.

Se um determinado emissor de títulos receber uma atualização de classificação de crédito, os investidores geralmente estarão dispostos a pagar um preço mais alto por um título específico desse emissor do que anteriormente. Isso geralmente fará com que o preço do título suba. Por outro lado, quando houver um rebaixamento da classificação de crédito, os investidores considerarão os títulos desse emissor como mais arriscados e exigirão um retorno potencial maior. Isso geralmente fará com que o preço do título caia, uma vez que títulos de maior rendimento terão preços mais baixos.

Alguns títulos são resgatáveis, o que significa que a empresa ou o governo podem pagá-los antes que atinjam o vencimento. Mas isso fica para um próximo artigo para não complicar mais.

Vale lembrar que o propósito desse texto como de todos os conteúdos que produzo é puramente para fins educacionais e não uma recomendação para comprar ou não comprar bonds.

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Cantor famoso promovendo milagre financeiro

Cada cliente que atendo é uma novidade. Nossa educação financeira no Brasil é realmente muito baixa. Como falta essa educação na base, desde criança, mesmo pessoas com excelentes trajetórias como grandes empresários, médicos e dentistas por exemplo, que estudaram nas melhores faculdades e alcançaram grandes resultados em suas respectivas áreas, ainda acabam caindo em armadilhas financeiras. Infelizmente! 🙁  

Recentemente comecei a atender uma cliente que havia sido indicada por uma outra pessoa que já é meu cliente há algum tempo. No inicio da reunião perguntei sobre experiências com investimentos, finanças e seguros e ela me contou que tinha sido vítima de um golpe onde perdera praticamente o valor de um apartamento inteiro.

Esses casos são mais frequentes do que gostaria e sofro junto com meus clientes quando fico sabendo de suas histórias. Existem pessoas que se aproveitam da falta de conhecimento para tirar vantagem de quem cai nas suas garras. Cripto moedas é a bola da vez nesses golpes.

Me assustei quando li uma matéria que mostrava um artista famoso em uma live fazendo propaganda de uma empresa num paraíso fiscal e que indica rentabilidade de 5%, AO DIA!!! Isso mesmo, oferecem até 5% por dia. 

Além da promessa de ganhos fáceis, também oferecem ganhos incríveis para quem indicar outras pessoas. Já vi e ouvi inúmeros casos como esses, um esquema antigo que até hoje faz muitas vítimas que ainda acreditam em milagres para ficarem ricas do dia pra noite.

Como oriento e planejo junto com meus clientes. Sim, é possível alcançar todos os seus objetivos financeiros. Porém, você vai precisar de um bom planejamento sustentável de longo prazo, de atitude e orientação profissional. Fuja de quem promete ganhos fáceis e rápidos para não ser você também vítima dessas pirâmides financeiras. 

Investimentos não é mega-sena

Até quando vamos cair nos mesmos golpes vítimas da nossa própria ganância?

Sinto muito mas preciso te contar um segredo que pode abalar suas crenças mais fundamentais, mas milagre não existe no mundo financeiro. Se alguém “especialista” te oferecer um rendimento espetacular, fora do normal, corra!!! Aliás, ninguém que realmente seja sério e tenha experiência no mercado financeiro jamais garantiria qualquer tipo de rentabilidade. Isso simplesmente não existe, é antiético e crime.

Falo repetidamente para os contatos que me são apresentados pelos meus clientes. Isso é uma das alegrias do meu trabalho, meus clientes confiam em mim e sempre me passam vários familiares, amigos, pessoas que gostam, admiram e querem que eu converse para levar o meu conceito para elas. Explico que precisamos aprender a separar o que é fé do que é investimento.

Você tem 3 reais sobrando – já nem sei quanto custa um jogo de mega sena – e quer fazer “aquela fézinha” pois “vai que fica rico da noite pro dia”, tudo bem. Decisão sua e perder R$3,00 não vai impactar sua vida financeira ou seu planejamento. Agora, não traga essa mesma mentalidade para seu futuro!

Garantir seu futuro financeiro requer estratégia e atitude. Aquela menina que disse que investiu dez mil reais e ganhou um milhão é um exemplo dos inúmeros que vemos no Brasil e só atrapalha quem está querendo educar para transformar nossa cultura. Esse tipo de propaganda só reforça a mentalidade da mega-sena no mundo dos investimentos. Isso é nocivo.

Essa moça não contou a história toda, ela chegou sim a ficar milionária, porém investia todo mês uma certa quantia somando aos dez mil reais iniciais e assim todo mês. O hábito, a atitude e o planejamento que a levaram de 10 mil para 1 milhão. Não foi mágica.

Falo isso para alertar pessoas como um cliente aqui de São Paulo que atendi recentemente e sofri junto com ela quando me contou que caiu num golpe. Uma pessoa que se dizia investidor, prometia 12% de juros ao mês. Ela vendeu um apartamento e “investiu” com o malandro. Como sempre acontece, no primeiro mês ela recebeu os doze por cento de juros. No segundo mês de novo, rendimento recebido e pensou “achei a fórmula de ficar rica”, chamou outros conhecidos para fazerem o investimento pois não era mentira, ela já havia recebido 2 meses seguidos.

No terceiro mês e até hoje ninguém consegue mais encontrar o sujeito. Esse é o golpe mais antigo que existe e até hoje, ano 2021, ainda existem pessoas que caem por não conhecerem sobre investimentos e por acreditarem que como na loteria é possível colocar um pouco e tirar muito dinheiro ao invés de seguir uma dedicação mensal no caminho dos seus objetivos.

Falta de planejamento custa caro para o brasileiro

Há um ano atrás a pandemia pegou o mundo todo de surpresa. Porém, o Brasil sofre piores consequências do que outros como Japão, Itália e até mesmo os Estados Unidos. Não estou falando da situação de saúde e sim do impacto financeiro. Pela falta de educação e planejamento financeiro o efeito na nossa economia é muito maior e isso poderia ser evitado.

Estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) apontou que as famílias brasileiras perderam em um ano, R$ 5,1 BILHÕES de renda potencial devido as mortes por COVID-19 de brasileiros a partir de 20 anos. 

Isso vai acabar lançando mais gente na pobreza“, lamentou Claudio Considera, coordenador do Núcleo de Contas Nacionais do Ibre/FGV, responsável pelo levantamento. 

Muitas das pessoas que faleceram em decorrência do coronavírus eram a principal ou muitas vezes a única fonte de renda em suas famílias. Sua ausência, além da o impacto emocional – infelizmente pouco podemos fazer a esse respeito – cria uma situação financeira extremamente vulnerável para a maioria dessas famílias.

Infelizmente essa é uma realidade na nossa cultura pela falta de educação financeira e alguns tabus que ainda existem na mente da maioria dos brasileiros. Porém a pandemia está despertando as pessoas. Está nos fazendo entender que a vida é frágil e a “síndrome do Highlander” como eu chamo está diminuindo.

O planejamento financeiro sustentável de longo é crucial. A importância do equilíbrio das contas do dia a dia, o hábito de guardar todo mês na sua conta de investimentos planejando o futuro e a importância fundamental de um seguro de vida que proteja você e sua família são os 3 pilares para garantir que esse tipo de impacto financeiro não os atinja.

Como explico para os meus clientes, não é que em países desenvolvidos e com cultura de planejamento financeiro como o Japão, que vivi em 2019, não sofram com essas situações. Elas acontecem, porém graças a essas soluções terem sido planejadas, a recuperação econômica e reequilíbrio financeiro das famílias é muito mais rápido.

A educação e conscientização é o meu propósito. O desenho de soluções e estratégias é a minha especialidade, o meu trabalho há muitos anos. Porém, a decisão é de cada um.