Dia da jornada no mundo Offshore 14.09.2022

Destaques do último pregão:
A terça-feira sangrenta! As bolsas de Nova York fecharam em forte queda na terça-feira dia 13, com recuos de 4% a 5%. Os principais índices acionários de Wall Street tiveram o pior desempenho diário desde junho de 2020, na esteira do avanço inesperado no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Lembrando que é esse o indicador da inflação americana.

Dow Jones 🔴 -3,94%

S&P 500 🔴 -4,32%

Nasdaq 🔴 -5,16%

Em agosto, a inflação ao consumidor norte-americano teve alta mensal de 0,1% e anual de 8,3%. O resultado surpreendeu analistas, que previam queda de 0,1%, no que representaria a primeira deflação mês a mês desde maio de 2020.

Com esse indicador mostrando a inflação vindo maior que o esperado, diferentes casas de projeções passaram a aumentar suas projeções de aumento de 100 bp nos juros na próxima quarta-feira, 21. O mercado trabalhava com a possibilidade de alta de 50 pontos-base. Para a reunião de dezembro, a probabilidade de taxas Fed Funds acima de 4% passou a representar 83,5%, contra 25,5% ontem, de acordo com o monitoramento da CME.

*fonte: investing.com 

O que você precisa saber hoje?

O mercado financeiro global começou o dia de hoje, 14 de setembro, ainda se ajustando aos impactos da inflação ao consumidor nos Estados Unidos que teima em não ceder. O mercado que mais sofreu foram as Bolsas asiáticas, que seguiram o tom do dia anterior. 

Os futuros dos Estados Unidos operavam em alta no início da manhã, mas viraram para baixas, assim como o mercado europeu oscila para baixo na abertura. 

Os dados de inflação trouxeram mau humor e pessimismo para o mercado e o impacto foi imediato: as Bolsas caíram, o dólar subiu ante uma cesta de moedas e os rendimentos dos títulos do tesouro americano (Treasuries) avançaram, já precificando uma recessão à frente. 

*fonte cnbc.com

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Morgan Stanley prevê S&P 500 derretendo nos próximos quatro meses

Você já deve saber que o S&P 500 caiu praticamente 20% até o momento em 2022, certo? Mas se você acredita que o mercado de ações americano chegou no fundo, o Morgan Stanley pode frustrar suas expectativas.

 

“Nossas estimativas para os anos de 2022, 2023 e 2024 estão em 3%, 13% e 14% abaixo do consenso, respectivamente”, escreveu uma equipe de analistas do Morgan Stanley liderada por Mike Wilson – head de estratégias na área de research – em uma nota recente aos investidores. 

“Em nosso cenário base para 2023 enxergamos uma pequena contração dos lucros (-3% de crescimento ano a ano), apesar de não incorporarmos uma recessão econômica nesse cenário.”

“Embora reconheçamos o fraco desempenho das ações no acumulado desse ano, não acreditamos que a queda do mercado tenha acabado se nossas previsões de ganhos estiverem corretas.”

 

Os analistas esperam que o S&P 500 caia para 3.400 até o final do ano. Além disso, se a recessão que é esperada, de fato atingir a economia, eles dizem que o índice de referência possa cair ainda mais, para 3.000 pontos.

 

Considerando que o S&P 500 está atualmente em torno de 4.107 agora, a projeção do Morgan Stanley indica uma queda adicional de 17% a 27%.

 

Isso não significa sair vendendo tudo. Calma! Em todos os cenários existem empresas que são mais afetadas negativamente, enquanto outras podem ter seus resultados impulsionados com esse cenário.

Este artigo tem o objetivo de ser apenas educacional. Não deve ser usado como recomendação de investimento.

Dito isso, um exemplo para ilustrar o que falamos acima é o caso da empresa ExxonMobil (ticker: XOM)

Com as fortes altas dos preços do petróleo, as ações do setor de energia se revelaram como um dos melhores – ou um dos únicos – desempenhos do S&P 500 até agora este ano.

A Exxon Mobil, por exemplo, subiu aproximadamente 50% no acumulado do ano – e isso, mesmo após um ano forte em 2021.

A produtora de petróleo consegue extrair ótimos lucros e um robusto fluxo de caixa, mesmo neste ambiente desafiador. 

Nos primeiros seis meses de 2022, a Exxon reportou US$ 23,3 bilhões em lucros, um grande aumento em relação aos US$ 7,4 bilhões do mesmo período do ano passado. O fluxo de caixa livre totalizou US$ 27,7 bilhões no primeiro semestre, comparado a US$ 13,8 bilhões no mesmo período do ano passado.

 

Esses fortes números permitem que a empresa pague bons dividendos aos seus acionistas. A Exxon paga dividendos trimestrais de 88 centavos por ação, traduzindo-se em um rendimento anual de 3,6%.

 

O analista do Morgan Stanley, Devin McDermott, classifica a ação da Exxon como “COMPRA”  e recentemente elevou seu preço alvo para US$ 113 – cerca de 16% acima dos níveis atuais.

Ou seja, mesmo esperando que o índice S&P 500 derreta outros 20%, ainda assim existem oportunidades para seguir o caminho inverso.

NOTA: volto a reforçar o intuito do artigo como fundamentalmente educativo. Caso seja um assessor de investimentos busque maiores informações, se você for um investidor, procure ajuda de profissionais credenciados que entenderão o seu perfil de investidor e poderão orientá-lo a escolher investimentos de acordo com o mesmo.

Dia da jornada no mundo Offshore 13.09.2022

Destaques do último pregão:
As bolsas de NY fecharam em alta na segunda-feira dia 12. Na véspera do resultado do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. Todos os 11 principais setores do S&P 500 fecharam no azul.

Dow Jones 🟢 0,71%

S&P 500 🟢 1,06%
Nasdaq 🟢 1,27%

As ações dos EUA parecem estar repercutindo a antecipação de dados de inflação mais positivos com sinais de desaceleração. 

As notícias de que a contra-ofensiva da Ucrânia ajudou a dar impulso as ações. Houve certa esperança de que estaríamos num momento de virada no conflito com a Rússia, dada a recuperação de terrenos que haviam sido anteriormente perdidos na região nordeste do país.

As ações de energia e tecnologia ajudaram os 3 principais índices de ações dos EUA a atingir suas máximas em duas semanas e a chegar a 4a sessão consecutiva de ganhos, com as ações de crescimento com certo destaque em relação as de valor.
*fonte: investing.com 

O que você precisa saber hoje?

Os futuros americanos sobem, assim como as bolsas na Europa registram um início de dia positivo. Ásia também registra alta em seus principais índices (exceto o índice Hang Seng – Hong Kong).

Os holofotes hoje estarão focados na divulgação do CPI que ocorre as 9h30 de Brasília. A projeção Refinitiv é de uma alta de 8,1% em agosto na comparação anual para o índice cheio anterior de 8,5%, enquanto frente a julho a projeção é de queda de 0,1%. Essa seria a primeira deflação mensal do indicador desde maio de 2020. 

Ainda a respeito da inflação, pesquisa do Fed de NY mostrou que houve recuo nas expectativas de inflação, com a mediana caindo de 6,2% em julho para 5,7% em agosto. Ainda assim, o mercado enxerga alta probabilidade de alta de juros do FED em 75 pontos base no próximo dia 22 (92% contra 8% para 50 pontos).

O preço do petróleo sobe após cair anteriormente, com o brent em alta de aproximadamente 1%, sendo negociado acima dos US$95 o barril.

*fonte cnbc.com

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Dia da jornada no mundo Offshore 12.09.2022

Destaques do último pregão:

Os mercados acionários nos Estados Unidos, registraram ganhos na sexta-feira dia 09 de setembro. Os índices renovaram máximas a tarde e confirmaram os ganhos na semana, interrompendo uma série de 3 semanas seguidas em terreno negativo.

Dow Jones 🟢 1,20%
S&P 500 🟢 1,50%
Nasdaq 🟢 2,11%


Os investidores foram as compras de ações que estavam sendo consideradas “baratas” após as quedas recentes. Os setores de serviços de comunicação e tech estiveram entre os maiores ganhos, impulsionando o NASDAQ. Além disso, o setor de energia apresentou fortes ganhos, apoiados pela alta do petróleo.


As ações de tecnologia lideraram as perdas devido a preocupações com aumentos mais agressivos das taxas do Fed. A Amazon caiu 3,6%, enquanto as ações de semicondutores também recuaram, com a Nvidia caindo cerca de 4,6%.
*fonte: investing.com 

O que você precisa saber hoje?

Os futuros de ações sobem nessa segunda-feira, com Wall Street antecipando os principais dados de inflação a serem divulgados esta semana.

Os futuros do Dow Jones Industrial Average subindo 54 pontos, ou 0,2%. Os futuros do S&P 500 subiram 0,4% e os futuros do Nasdaq 100 ganharam 0,3%.

Os investidores de Wall Street estão procurando por sinais de que o tamanho dos aumentos futuros das taxas de juros possam ser menores à medida que a inflação esfrie, o presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou na semana passada que está “fortemente comprometido” em reduzir a inflação.

*fonte cnbc.com

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Por esses motivos o Reino Unido está se tornando um mercado emergente

De acordo com o analista do Saxo Bank, Christopher Dembik, o Reino Unido está perdendo seu status de mercado desenvolvido. Como resultado de problemas econômicos internos que estão levando o país a se tornar um mercado emergente. Uma barreira muito fina o impede de passar de uma categoria para outra.

 

Os elementos que o analista aponta para sustentar seu argumento são inflação alta, instabilidade política e problemas comerciais. Vale lembrar que a crise no setor de energia é o principal impulsionador do atual patamar do índice de preços ao consumidor (9,4%). No entanto, os preços dos alimentos também estão jogando fortemente contra os orçamentos familiares.

 

Além disso, o banco central do país espera que uma das piores recessões dos últimos tempos comece no quarto trimestre de 2022. O Produto Interno Bruto (PIB) deve cair abaixo de 2,1% e a inflação deve chegar a 13% já em outubro. Este último supera confortavelmente as previsões de menos de três meses atrás, quando a inflação deveria atingir 11% até o final do ano.

Saxo Bank aponta para vários fatores negativos

O fato do Saxo Bank ter uma previsão desfavorável para a economia do país é impressionante. Muitos dos dados utilizados pelo referido analista daquela instituição são provenientes do Bank of England e de outras entidades oficiais. A partir daí, pode-se dizer que são muitos os fatores que fazem o Reino Unido parecer um mercado emergente, ele ressalta.

 

A instabilidade política é um dos elementos mais característicos do status econômico de uma potência. Nesse sentido, as autoridades do país estão envolvidas em inúmeros conflitos, que levaram à demissão do primeiro-ministro, Boris Johnson. O novo primeiro-ministro britânico será anunciado em 5 de setembro, em meio a uma forte luta entre os conservadores Liz Truss e Rishi Sunak.

 

A queda acentuada do padrão de vida do país também é outro forte elemento citado pelo analista. Espera-se que os preços da energia subam mais 70%, o que deixaria a fatura média anual em £ 3.400 libras. Tal cenário empurraria milhares de famílias abaixo da linha da pobreza. Pior, no entanto, é que os preços das contas continuariam a subir até 2023.

 

Acrescente a esse cenário as interrupções no comércio causadas pelo Brexit e as consequências contínuas dos gargalos gerados pela pandemia. Com isso em perspectiva, o analista do Saxo Bank diz que tudo aponta para a Inglaterra se tornar um mercado emergente em pouco tempo.

Todos os elementos estão no lugar (exceto um)

Segundo Dembik, a linha que separa a conversão do país em um mercado emergente é tão tênue que apenas um elemento a separa. É uma crise cambial, típica de nações em desenvolvimento. Ou seja, se a libra esterlina entrar em crise, o país perderia oficialmente seu status de mercado desenvolvido, segundo o analista.

 

No entanto, parece improvável que o cenário de uma libra fraca apareça no curto prazo. O analista observa que, apesar dos fortes ventos contrários, a moeda do país continua solidamente posicionada. “Ela caiu apenas 0,7% em relação ao euro e 1,5% em relação ao dólar americano na semana passada. Nossa aposta: depois de sobreviver à semana do Brexit, não vemos o que poderia empurrar a libra para uma queda livre”, diz o especialista do Saxo Bank.

 

Mas esse é um dos poucos fatores positivos que ele vê e ele espera que a economia sofra muito mais nos próximos meses. Para se ter uma ideia, alguns elementos de termômetro se destacam para medir a saúde da economia. Um deles são os registros de carros novos, que caíram drasticamente ano a ano.

 

Dados citados pelo portal CNBC apontam que esse mercado caiu de 1,835 milhão em julho de 2021 para 1,528 milhão no mesmo mês deste 2022. “Esse é o nível mais baixo desde o final da década de 1970”, diz o analista.

Uma longa e profunda recessão na economia do Reino Unido

Todos os especialistas parecem concordar que haverá uma recessão muito dolorosa para a economia britânica. Por exemplo, o banco central aponta que a melhoria não é esperada nos próximos 3 anos. Até então, o PIB estaria se movendo ainda abaixo dos níveis atuais. O analista cita o BCE no possível 1,7% do PIB abaixo do nível atual até meados de 2025.

 

“O que o Brexit não conseguiu fazer sozinho, o Brexit, a inflação e a covid fizeram. A economia britânica está esmagada”, explica ele, acrescentando que a recessão será “longa e profunda”. Por outro lado, a previsão de 5 trimestres consecutivos de PIB negativo colocaria o BCE numa posição de “esperar para ver”, diz o analista do Saxo Bank.

 

O Banco de Investimento Dinamarquês assume uma posição idêntica. Essa instituição acredita que o BCE fará sua última alta de juros em setembro e adotará uma postura passiva a partir de então. No outro extremo, o think tank National Institute for Economic and Social Research (NIESR) acredita que a inflação forçará o banco central a ser mais agressivo. Citados no The Guardian, os especialistas afirmam que a inflação está longe do pico e em breve atingirá “níveis astronômicos”.

 

Tal cenário de preços cronicamente crescentes levaria o BCE a fazer aumentos de juros acima do esperado. Stephen Millar, vice-diretor do NIESR acredita que até a primavera do próximo ano a economia atingirá uma contração de 1%. Quanto ao prolongamento da recessão, são mais conservadores e apontam para 3 trimestres consecutivos.

Saxo Bank espera consequências de longo prazo para a economia do Reino Unido

Quanto ao longo prazo, as consequências da atual crise britânica serão sentidas pelas gerações atualmente ativas no mercado de trabalho. Essa é a visão de Dembik, que acredita que as pessoas que ganham a vida no mercado de trabalho têm um futuro incerto, o que afeta diretamente a próxima geração.

 

“Imagine o graduado entrando no mercado de trabalho em 2009/10, a quem será dito que aquele foi um acidente único na vida. Agora ele está com 30 e poucos anos e tem outra crise econômica única na vida”, comenta. Ele acrescenta que essas pessoas terão uma economia salarial reprimida e sem perspectivas de moradia, além de dois anos perdidos de socialização durante a pandemia.

 

A isso ele acrescenta “contas obscenas de energia e aluguel e agora uma longa recessão”. O especialista do Saxo Bank conclui que isso inevitavelmente leva a mais pobreza e desespero. O resultado direto desse cenário é a desconfiança nas instituições governamentais e, eventualmente, no sistema político e suas garantias sociais.

 

Esse tipo de confiança nas instituições, uma vez danificada, é difícil de reparar. O BCE projeta que a renda disponível real após impostos das famílias sofrerá um colapso sem precedentes. Ele está olhando para um colapso de 3,7% entre os próximos dois anos. As famílias de baixa renda sofrerão o impacto, diz o especialista.

 

Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional, citadas por Dembik, os lares britânicos estão entre os mais atingidos na Europa. Recentemente, este meio de comunicação informou que o preço médio para encher o tanque de um carro familiar excede £ 100 libras esterlinas.

Texto traduzido do artigo original https://investortimes.com/saxo-bank-united-kingdom-is-becoming-an-emerging-market/

5 Pilares para investir como Warren Buffett

O mago de Omaha, Warren Buffett, é com absoluta certeza, um dos investidores mais respeitados e comentados de todos os tempos. Como sempre busco entender a essência que trazem os resultados, a estratégia de investimento de Buffett é bem simples.

A seguir os 5 pilares fundamentais da mentalidade de Warren Buffett:

1 – Compre negócios, não papéis (ações). O que isso significa? A idéia aqui é pensar como um empresário, o dono do negócio e não como alguém que possui um pedaço de papel ou um número de cotas no seu home broker

2 – Procure empresas com vantagens competitivas que possam ser defendidas. As empresas que conseguem afastar os concorrentes com sucesso, tem uma chance maior de aumentar seu valor intrínseco no longo prazo.

3 – Foco para o valor intrínseco de longo prazo, evite se desviar pelos ganhos de curto prazo. O que importa é quanto dinheiro uma empresa pode gerar para seus proprietários ao longo do tempo. Portanto, avalie as empresas usando uma análise de fluxo de caixa descontado.

4 – Exija uma margem de segurança. Ser precavido e buscar empresas desvalorizadas. Os fluxos de caixa futuros são, por natureza incertos. Para compensar essa incerteza, sempre compre empresas com preços abaixo dos seus valores intrínsecos.

5 – Seja paciente. (Meu favorito e eterno aprendizado!) Investir não é sobre prazeres imediatos, mas sim,  sobre sucesso a longo prazo.

Você deve agora concordar comigo que é simples de fato, mas não é simplista. O desafio de todo investidor é transportar seu planejamento para a execução. Com seu estilo de vida também bastante simples, o mago é uma lição de consistência na execução de suas premissas.

Essa será a situação na Europa?

A situação atual na Europa está extremamente complexa. Crise se intensificou com a medida do governo russo de cortar o fornecimento de gás para a região. As sanções impostas por países e empresas ocidentais contra Moscou motivou essa decisão. Espero que ambos os lados entendam o impacto direto na vida de milhões de pessoas com todas essas atitudes e busquem o bom senso.

 

Com tudo isso, o Banco Central Europeu deve iniciar hoje uma fase ultra agressiva da política monetária, e é esperada a maior alta de juros em 24 anos de história da instituição. A maioria dos economistas vê um aumento enorme para os padrões europeus de 0,75 ponto percentual. Lembrando que o banco elevou as taxas de juros em 0,5 ponto percentual em julho. Essa alta foi a primeira em mais de uma década (e a primeira desde a pandemia) e mostra o quão atrasado o BCE está atrás de seus pares ao redor do mundo.

 

Visão geral é que não será fácil recuperar o atraso, agora com a zona do euro encarando uma grave crise econômica. O EURO está despencando em meio ao aumento da inflação, que atingiu uma nova alta histórica de 9,1% em agosto, enquanto uma forte recessão está em andamento devido a crise de energia. As coisas não estão melhorando, pois a Rússia concretizou sua ameaça de cortar  o fornecimento de gás como comentamos acima. Essa medida, as vésperas de um inverno rigoroso como é esperado só agrava a situação local.

 

A grande dúvida é se o BCE pode mesmo recuperar o atraso. Aumentar as taxas para evitar a inflação, para depois descobrir que os preços da energia estão mantendo os custos elevados e pesando na produção econômica. Nessa situação, a inflação pode realmente não cair, ou pelo menos demorar um pouco para cair, tornando realidade o pesadelo da estagflação. 

 

O BCE anunciará sua decisão de política e projeções de crescimento, seguida pela entrevista coletiva da presidente Christine Lagarde.

Glossário Bonds – renda fixa internacional

Tratamos nos artigos da semana anterior os bonds de uma forma prática sem ficar com aquelas sopas de letras e termos técnicos. É assim que busco falar para facilitar o entendimento. Caso você seja de mercado e prefira os termos técnicos ok, mas o perfil dos meus clientes são de pessoas muito ocupadas e extremamente focadas em suas carreiras, elas não tem tempo para ficar perdendo com esses detalhes.

Em todo caso, algumas vezes nos deparamos com alguns textos ou notícias e acredito que seja importante que você saiba o que significam alguns dos principais termos da renda fixa internacional.

Por essa razão, preparei esse “glossário dos bonds“.


BOND = Título:

É a obrigação legal assumida entre um emissor (devedor) e um credor (investidor), ou seja, o bond = título de renda fixa é um contrato de dívida.

NAME = Nome:

Nome da empresa emissora dos bonds no mercado.

TICKER = Código:

Código do respectivo bond no mercado.

FACE VALUE = Valor de Face:

Também chamado de “valor nominal” ou “valor de resgate”, ele é o valor que o emissor devolverá ao credor no vencimento do título.

COUPON = Cupom:

Representa o valor financeiro (US$) dos juros pagos anualmente ao investidor, ou seja, os juros pagos pelo título pactuados entre o credor e o emissor (geralmente pagos semestralmente).

COUPON RATE = Cupom Rate:

É a taxa percentual pela qual será calculado o valor de cupom a ser pago ao investidor, sendo sempre aplicado sobre o valor de emissão e não sobre os valores negociados no mercado secundário.

Ex: Você comprou 1 bond par (100) e recebe $ 6,25 por ano, ou $ 3,125 a cada 6 meses (ou seja 6,25% x U$ 1.000,00 por ano ou 6,25%/2 por semestre). 

OFFER PRICE = Preço do Título:

Representa o preço do bond, em termos de porcentagem (%) do valor de face (par), que o revendedor (mercado secundário) está pedindo ao investidor para pagar.

Ex: Ele pode estar sendo negociado a 97,14 (deságio) de um bond $1.000,00 = $ 971,40. Outro exemplo, você pode encontrar um bond a 103,12 que representa $1.031,20 (ágio).

DURATION = Prazo Médio:

A duration representa quanto tempo leva, em anos, para um investidor ser reembolsado pelo preço do bond sendo pago pelos fluxos de caixa totais do título.

MATURITY = Maturidade (Vencimento):

Não devemos confundir “MATURIDADE” com “PRAZO MÉDIO” do título. Maturidade é a data de vencimento do título, encerramento da dívida. Já o Prazo Médio leva em consideração todos os recebimentos de juros pagos.

OBS: Títulos sem Cupom, possuem Maturidade e Prazo Médio Iguais. 

OFFER YTM % = Taxa de Retorno:

O Yield to Maturity (YTM), também conhecido como Yield to Offer, é a taxa interna de retorno (TIR) de um bond, se o investidor segurá-lo até o vencimento. Resumindo, é o rendimento que o investidor irá receber da data da compra até o vencimento, quando receber todos os pagamentos de juros e o principal.

RATING = Avaliãção de Risco:

Representa a qualidade da dívida emitida segundo agências de risco internacionais. Quanto melhor a classificação de risco de um bond, naturalmente menor será a taxa de juros que ele carregará, assim como, quanto pior a avaliação de risco do título, maior será o juros pago naquela emissão.

OBS: Bonds com classificação acima de “BBB-“, segundo a Standard & Poor’s, e “Baa3”, pela Moody’s são considerados como grau de investimento (Investment Grade). Já os famosos "Junk bonds", ou High Yield (H.Y.) possuem avaliações mais baixas e tendem a pagar mais juros devido aos elevados riscos.

Bonds, renda fixa internacional é um assunto pouco dominado aqui no Brasil. Frequentemente recebo perguntas de clientes e inclusive de assessores aqui no escritório. Caso você tenha ainda com alguma dúvida, fique a vontade para deixar seu comentário que terei o maior prazer em orientá-lo.

Se gostou, aprendeu algo novo, compartilhe com quem acredita que também pode se interessar.

Acabou o jogo para o Fed – espere um “puxão de tapete” monetário em breve… parte 3

Se você chegou aqui e não leu a parte 1 e a parte 2, corre lá e volta aqui quando acabar…

Ou seja, o Fed tem um problema sério desta vez

O montante da dívida federal é tão extremo que mesmo um retorno das taxas de juros à sua média histórica significaria pagar uma despesa de juros que consumiria mais da metade da receita tributária. As despesas com juros eclipsariam os gastos com a Previdência Social e defesa e se tornariam o maior item do orçamento federal.

Além disso, com os aumentos de preços para as máximas de 40 anos, um retorno à taxa de juros média histórica não será suficiente para controlar a inflação – nem perto disso. É necessário um aumento drástico nas taxas de juros – talvez 10% ou mais. Se isso acontecesse, significaria que o governo dos EUA está pagando mais pelas despesas com juros do que arrecada com os impostos.

Em suma, o Federal Reserve está ferrado.

Aumentar as taxas de juros o suficiente para reduzir a inflação levaria o governo dos EUA à falência.

Podemos ver essa dinâmica no gráfico abaixo da dívida federal e da taxa de títulos federais, a principal taxa de juros de referência do Federal Reserve. Quanto maior a dívida federal, mais difícil e doloroso se torna aumentar as taxas de juros.

Em suma, o governo dos EUA está se aproximando rapidamente do fim do jogo financeiro. Ele precisa aumentar as taxas de juros para combater a inflação descontrolada… mas não pode porque causaria sua falência.

Em outras palavras, acabou o jogo.

Eles não têm escolha a não ser “reiniciar” o sistema – é isso que os governos fazem quando estão presos.

Pense assim.

Imagine uma criança mimada jogando um jogo de tabuleiro e, em vez de admitir que está perdendo, ela vira o tabuleiro. Isto é o que os governos farão agora que estão financeiramente em xeque-mate. Eles não podem vencer, mesmo em seu próprio jogo manipulado, e agora ficam com a opção de perder a partida ou virar o tabuleiro. Como o poder não se abandona voluntariamente, devemos presumir que eles optarão por virar a mesa.

Aqui está o resumo.

O atual sistema monetário está em vias de extinção. Até os banqueiros centrais que administram o sistema podem ver isso. Então eles estão se preparando para o que vem a seguir enquanto tentam “reinicializar” o sistema.

Eu suspeito que tudo pode acabar em breve… e não vai ser bonito.

Isso resultará em uma enorme transferência de riqueza de você para a classe parasita – políticos, banqueiros centrais e aqueles ligados a eles.

Isso resultará em uma enorme transferência de riqueza de você para a classe parasita – políticos, banqueiros centrais e aqueles ligados a eles.

Texto original https://internationalman.com/articles/its-game-over-for-the-fed-expect-a-monetary-rug-pull-soon/
by Nick Giambruno

Bonds: Como investir

O que considerar antes de comprar Bonds

Ao considerar quais títulos comprar ou até mesmo se vale a pena investir em bonds, você deve avaliar se a empresa ou entidade emissora será capaz de devolver o dinheiro com juros.

Os investidores frequentemente analisam a qualidade de crédito do emissor por meio do rating da Moody’s, Fitch ou Standard & Poor’s, que são as três grandes agências de classificação de crédito. Rating AAA é a classificação mais alta, e há uma infinidade de classificações mais baixas a partir daí. Geralmente, os títulos abaixo de BBB são considerados mais arriscados.

Os investidores devem sempre considerar se é um bom momento para comprar títulos. Os bonds são um elemento importante na diversificação, portanto, os investidores podem querer ter em seus portfólios na maioria das vezes. No entanto, como já mencionei anteriormente, é importante ser cauteloso sobre os riscos desse tipo de investimento e o momento dessas alocações.

Como comprar títulos

Os investidores podem comprar bonds com a ajuda de um banker ou assessor de investimentos com experiência em investimentos internacionais para orientá-lo. Pode ser comprado diretamente por meio de algumas corretoras americanas. Os investidores também podem obter exposição a bonds indiretamente, por meio de um fundo mútuo ou fundo de renda fixa que invista nessa classe de ativos.

Uma curiosidade, os americanos podem comprar os bonds diretamente do governo pelo site do Tesouro Direto dos Estados Unidos.

Como calcular o rendimento de um bond

Para calcular o rendimento de um bond, você divide o pagamento anual do cupom pelo preço do título.

Bond Yield = pagamento anual do cupom / preço do título

Obviamente, o rendimento muda sempre que o preço do título muda. Por exemplo, se um investidor compra um título pelo valor nominal de U$ 1.000 e o título paga U$ 100 por ano durante 10 anos, o rendimento nesse cenário é de 10%. No entanto, se o investidor comprar o mesmo título por U$ 800, o seu rendimento aumenta para 12,5%. (Bond Yield = U$ 100 / U$ 800)

Você deve investir em bonds?

Tal como acontece na alocação em todos os tipos de produtos financeiros, os investidores devem considerar os riscos de investir em bonds e pesá-los em relação às recompensas potenciais.

Os títulos são geralmente um instrumento importante numa carteira diversificada. Por um lado, os títulos fornecem pagamentos de juros estáveis ​​e são menos arriscados do que alguns outros investimentos, como ações. Por outro, os títulos enfrentam risco de taxa de juros, risco de inflação e risco de reinvestimento.

IMPORTANTE: Este artigo é estritamente para fins educacionais e não uma recomendação para comprar ou não comprar títulos.