Sucesso do IPO da Porsche com o símbolo P911

A Porsche, lendária fabricante, famosa pelo icônico Porsche 911, fez ontem dia 29/09, o maior IPO desde 2011 na Europa e uma das maiores do mundo neste ano. No lançamento, a Porsche foi avaliada no equivalente a US$ 73,4 bilhões.

A oferta incluiu várias referências ao modelo mais famoso da Porsche, o 911: são 911 milhões no total e o símbolo do seu ticker é P911.

O preço por ação no lançamento foi de € 82,50, topo da faixa indicativa. Com a captação de 9,4 bilhões de euros para a Volkswagen, o que foi o dobro do total arrecadado até o momento pelas ofertas iniciais na Europa deste ano. A empresa foi avaliada em 77 bilhões de euros – ou 75 bilhões de dólares. 

Neste primeiro dia de negociações, as ações chegaram a ser negociadas a € 85,15. Esse movimento de alta (mais de 3% ao longo do dia), inverteu de sinal. Ao fim do pregão, os papéis registravam baixa de 10,9%, cotados a 60,48 euros.

O IPO acabou desafiando a queda acentuada dos índices europeus nesta quinta (29), incluindo a da bolsa alemã DAX. Os subscritores do acordo haviam precificado a oferta em no máximo 82,50 euros.

O processo de abertura de capital das empresas diminuiu recentemente e a listagem da Porsche também se tornou um raro ponto positivo nesse aspecto. Mercado que vem sofrendo com a alta volatilidade e com isso os investidores buscavam ativos mais seguros, como o dólar norte-americano. De acordo com a Refinitiv, o número de ofertas iniciais (IPOs) caiu 40% no mundo inteiro no ano de 2021. 

TIPS boa proteção contra inflação americana

TIPS podem ser uma boa proteção contra a inflação americana, mas você sabe que está exposto a outros riscos?

TIPS – Títulos Protegidos contra a Inflação do Tesouro Americano – são um dos melhores hedges contra a inflação.

Os Títulos Protegidos da Inflação são muitas vezes vistos como investimentos relativamente seguros. Como instrumentos do Tesouro, sua qualidade de crédito é garantida e muitas vezes atraem investidores mais conservadores que buscam proteção contra o risco de inflação.

Porém, em mercados voláteis como deste ano, vemos que as TIPS estão sujeitas a outros tipos de riscos e podem ser especialmente vulneráveis durante períodos de aumento das taxas de juros.

Como funciona o TIPS

TIPS foram lançados originalmente em janeiro de 1997 e atualmente possuem prazos de vencimentos de 5, 10 e 30 anos. Ao contrário de outros títulos, que geram retornos em termos nominais, os TIPS são projetados para ser um hedge direto contra a inflação. Seu valor de face é feito para subir ou cair de acordo com o CPI – Índice de Preços ao Consumidor. Se o CPI aumenta, seu valor de face aumenta. Se o CPI diminuir, o valor diminuirá.

Embora os TIPS tenham cupons semestrais fixados no momento da compra, seus pagamentos de juros serão ajustados com base nas mudanças no valor do principal. Em outras palavras, se o valor do principal ajustado pela inflação aumentar, o pagamento de juros será ajustado para refletir o valor do principal mais alto. Olha que interessante, os TIPS também podem te proteger contra a deflação; os investidores segurando os TIPS até o vencimento receberão o valor principal ajustado ou o valor principal original, o que for maior.

Peculiaridades do funcionamento do TIPS

Embora a mecânica seja bastante direta, os TIPS podem estar sujeitos a algumas peculiaridades. Por um lado, eles normalmente rendem menos do que títulos do Tesouro americano com vencimento semelhantes. Faz sentido, certo? Os investidores têm que abrir mão de algum rendimento em troca da proteção contra a inflação. Em alguns períodos como 2021, seus rendimentos foram até mesmo negativos.

Além disso, os retornos do TIPS não acompanham a inflação perfeitamente. Isso porque os retornos dependem em parte das expectativas de inflação incorporadas ao preço do título no momento da compra e de quão bem elas correspondem à forma como a inflação realmente se desenrola. 

O TIPS, assim como sua prima a NTN-B aqui no Brasil, também pode ser altamente sensível a mudanças nas taxas de juros. Assim como outros títulos, seu valor de principal diminui durante períodos de aumento das taxas de juros, e isso pode ou não ser compensado por ajustes para inflação mais alta ao mesmo tempo. O risco de taxa de juros pode ser particularmente elevado para TIPS porque historicamente a emissão tem sido mais orientada para títulos de longo prazo. 

Nós aqui no Brasil não notamos, por enquanto, esses impactos na nossa NTN-B pois a maioria ainda não é marcada a mercado. Isso mudará em janeiro de 2023. Como Warren Buffet diz: “Só quando a maré baixa você descobre quem estava nadando pelado”,  e podemos esperar que essa mudança vai gerar bastante stress entre os investidores não tão bem orientados por aqui. 

Por lá, os americanos estão acostumados pois seus investimentos em renda fixa, são todos marcados a mercado. Mesmo assim, esses retornos negativos, podem ser um choque para os investidores que esperavam que o TIPS fosse uma proteção direta contra a inflação. 

Ou seja, o TIPS pode realmente ser mais sensível às mudanças nas taxas de juros do que às mudanças na inflação. Em outras palavras, os investidores do TIPS, muitas vezes ignoram o risco da taxa de juros sem serem orientados para isso. Assim como acontece com muita gente aqui no mercado brasileiro com as NTNs.

Conclusão

Se estamos olhando do ponto de vista do seu portfólio de investimentos offshore, e o objetivo é se proteger contra o risco de inflação em um período de tempo específico, nesse caso podemos usar TIPS.

Mas para a maioria dos investidores brasileiros, é mais fácil pensarmos em se proteger contra o risco de inflação americana comprando TIPS por meio de um ETF, como por exemplo VTAPX (Vanguard Short-Term Inflation-Protected Securities). 

No mercado americano também encontramos outros instrumentos interessantes nesse sentido como o ETF RINF (ProShares Inflation Expectations ETF). Este ETF busca ser uma maneira dos investidores protegerem suas carteiras de investimentos dos impactos adversos associados a um aumento na inflação. Podemos usar o RINF de várias maneiras, pode ser uma alocação em carteiras de longo prazo, ou como uma alocação mais tática quando as expectativas de inflação aumentam, como vemos atualmente.

Quero deixar claro que meu interesse é educacional. Busco desenvolver a mentalidade do brasileiro a respeito de finanças, principalmente no mercado offshore. Nenhum artigo que escreve tem a finalidade de fazer recomendações de investimentos e tampouco vendas de produtos. Importante educarmos principalmente nossos assessores de investimentos para que possam orientar da melhor forma seus clientes e desenvolvermos com isso a consciência financeira das pessoas que trabalham bastante para conquistar seus sonhos.

Dia da jornada no mundo Offshore 30.09.2022

Destaques do último pregão:

Os mercados acionários de Nova York registraram queda forte na quinta-feira. O S&P 500 atingiu mínimas vistas pela última vez em novembro de 2020. Com queda de mais de 8%, o índice está a caminho de seu pior setembro desde 2008. A jornada foi negativa desde o início do dia, com indicadores no radar. A terceira leitura confirmou recuo de 0,6% no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo trimestre. 

 

Dow Jones 🔴 -1,54%

S&P 500 🔴 -2,11%

Nasdaq 🔴 -2,84%

Além disso, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) avançou à taxa anualizada de 7,3%, acima da alta de 7,1% antes calculada. O núcleo do PCE teve alta de 4,7% (de avanço de 4,4% antes informado). 

Entre dirigentes do FED, Loretta Mester (Cleveland) afirmou que a recessão não irá impedir o Fed de elevar os juros. James Bullard (St. Louis), por sua vez, disse que os juros terão de seguir elevados por mais tempo que o previsto anteriormente pelo mercado. O aperto monetário tende a ser negativo para as ações. 

*fonte: investing.com 

O que você precisa saber hoje?

Os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta nesta manhã de sexta-feira (30), ensaiando uma recuperação após atingir menor nível desde novembro de 2020. Apesar da alta de hoje, os principais índices americanos estão a caminho de encerrar setembro fortemente no vermelho. O S&P 500 cai 7,9% em setembro, enquanto o Dow e o Nasdaq caem 7,2% e 9,1%, respectivamente. Na Europa o dia também é positivo com os índices operando em território positivo, o Stoxx 600 sobe 1.2%. 

Nos EUA, às 9h30, teremos o dado de inflação do consumo pessoal considerado o índice preferido do Fed para acompanhar o comportamento de preços, o PCE de agosto. O consenso Refinitiv prevê alta de 0,4% em setembro, na comparação com agosto, e de 4,7% na comparação anual. Além disso, vários membros do Fed devem falar nesta sexta-feira, e os mercados estarão atentos as indicações sobre o ritmo de aumentos futuros do BC americano. 

 

*fonte cnbc.com

 

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Você conhece o fosso econômico do Warren Buffet?

Você já ouviu falar da Berkshire Hathaway, certo? Não???  Com certeza conhece o famoso CEO, Warren Buffett. Ele é o cara da Berkshire, mas então, o que a Berkshire Hathaway faz exatamente? E o que os 40.000 acionistas e a legião de fãs desse lendário gênio dos investimentos buscam aprender com Warren Buffett?

 

A Berkshire Hathaway começou como uma empresa têxtil fundada em 1800. Porém, agora é uma das cinco maiores companhias dos Estados Unidos. Ao lado de Microsoft, Apple, Amazon e Facebook. A Berkshire é uma holding com aproximadamente 50 outras empresas, em vários setores – seguros, ferrovias, serviços públicos, aeroespacial, restaurantes, brinquedos e até vestuário.

 

Como Buffett diz: “A chave para investir não é avaliar o quanto uma indústria afetará a sociedade ou quanto ela crescerá, mas determinar a vantagem competitiva de qualquer empresa e, acima de tudo, a durabilidade dessa vantagem. Os produtos ou serviços que possuem fossos amplos e sustentáveis ao seu redor são os que oferecem recompensas aos investidores.”

 

Esse termo “fosso econômico” é usado para descrever a vantagem competitiva de uma empresa, produto ou serviço. Da mesma forma que o fosso protege um castelo, certas vantagens ajudam a proteger as empresas de seus concorrentes. Empresas com fossos largos fazem grandes investimentos porque podem evitar a concorrência e obter altos retornos sobre o capital por muitos anos.

 

A estratégia genial da Berkshire sempre foi sua capacidade de farejar empresas com esses fossos e usar o excesso de fluxo de caixa gerado por essas empresas e investi-los de volta em projetos que rendem mais do que seu custo de capital por longos períodos de tempo.

Se você – assim como eu – é fã do Warren Buffet, leia também o artigo dos 5 Pilares para Investir como Warren Buffet.

A Precision Castparts, por exemplo, é uma fabricante de componentes para as indústrias aeroespacial, de energia e outras que funcionam sob condições extremas e adversas.

 

Ao longo dos anos, a PCC fornece esses componentes a preços baixos a clientes como General Electric, Rolls Royce e United Technologies. Os clientes pensam duas vezes antes de trocar de fornecedor, devido aos aspectos técnicos rigorosos que esses componentes precisam satisfazer. Esse alto custo de troca cria o chamado “fosso econômico” em torno dos negócios da PCC que ajuda a Precision Castparts a obter retornos que excedem facilmente seu custo de capital.

 

Outro exemplo, em 1996 a Berkshire concluiu a aquisição da seguradora Geico. Os sócios Buffett e Munger foram atraídos pelos custos operacionais baixíssimos da empresa – outras seguradoras como Allstate e State Farm, possuem custos mais altos.

 

Buffett explicou essa vantagem em sua carta aos acionistas de 1996 dizendo: “A diferença entre os custos da Geico e os de seus concorrentes é uma espécie de fosso que protege um valioso e cobiçado castelo comercial. Os gestores continuamente alargam o fosso, reduzindo ainda mais os custos, defendendo e fortalecendo assim a franquia econômica”

 

A Burlington Northern Santa Fe Railway possui 32.500 milhas de trilhos. Ativos físicos como esses, especialmente em setores regulamentados pelo governo, são difíceis e caros para um concorrente replicar. Esse negócio é um ótimo exemplo de empresa com ativos intangíveis e escala eficiente.

 

A Berkshire também possui uma carteira de ações negociadas em bolsa em seu portfólio que também desfrutam de fossos econômicos. Possui 400 milhões de ações da Coca-Cola, o que representa quase 10% do capital da empresa.

 

Como uma das maiores empresas de bebidas do mundo, a Coca-Cola conquistou um amplo fosso econômico, graças aos ativos intangíveis de sua marca e às vantagens de custo criadas por seus fortes relacionamentos com varejistas e economias de escala.

 

A estratégia final da fórmula do sucesso de Buffett é conseguir esses grandes negócios a preços justos. Negócios de alta qualidade com fluxos de caixa confiáveis não ficam baratos com tanta frequência, e Buffett toma cuidado para não pagar demais.

 

Como sempre falo com os assessores financeiros que tenho contato, assim como com meus clientes, o fundamental é termos uma estratégia de longo prazo bem estabelecida e ao longo da jornada buscarmos somar em nosso portfolio, investimentos que estejam alinhados com o nosso plano e perfil.

 

Se você também é um assessor de investimentos ou planejar financeiro, recomendo fortemente ter esse alinhamento com seus clientes e alinhar as expectativas. Se você é um investidor ou investidora, sugiro que tenha esse tipo de conversa com o profissional que cuida de você.

Dia da jornada no mundo Offshore 29.09.2022

Destaques do último pregão:

As bolsas de Nova York fecharam em alta na quarta-feira, em uma sessão onde os investidores foram atrás de ativos de risco após as recentes quedas. A intervenção do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) reduziu as turbulências do mercado local, que vinham se espalhando para outras economias, enquanto dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deram algum alívio na intensidade na qual se espera um aperto monetário da autoridade. No caso do S&P 500, o movimento ajudou a interromper uma sequência de seis quedas consecutivas do índice. 

 

Dow Jones 🟢 1,88%

S&P 500 🟢 1,97%

Nasdaq 🟢 2,05%  

Nesta quarta, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, disse esperar que o pico dos Fed Funds seja atingido já em março de 2023. A intervenção do Banco central inglês interrompeu provisoriamente a liquidação do mercado de títulos e também ajudou no humor do mercado. Os dois fatores ajudaram a levar a uma queda nos rendimentos das treasuries. 

 

*fonte: investing.com 

O que você precisa saber hoje?

Os índices futuros de Nova York operam em baixa apagando parte dos ganhos do pregão anterior, enquanto os mercados asiáticos fecharam sem direção definida, já as bolsas na Europa operam todas em território negativo. O rali de quarta-feira foi impulsionado pela medida do Banco Central inglês que trouxe certa calma ao mercado de títulos, e colocou os principais índices no ritmo para obter pequenos ganhos para a semana; no entanto, eles ainda caminham para encerrar seu pior mês desde junho. O Nasdaq Composite lidera as perdas mensais, com queda de cerca de 6,5%, enquanto o Dow e o S&P estão no ritmo de fechar em 5,8% e 5,9% mais baixos, respectivamente. 

Na agenda de dados econômicos, Wall Street espera pela última revisão do PIB do segundo trimestre de 2022, pedidos de seguro-desemprego e mais discursos de membros do Fed. Já a temporada de resultados corporativos continua com Nike, Bed Bath & Beyond e Micron Technology. 


*fonte cnbc.com


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Pra fazer isso eu penso no meu pai

Ok, não é novidade para ninguém que o consumidor é a pedra angular para o sucesso de qualquer companhia e deve nortear as decisões de todo gestor que busca criar um negócio vencedor. Empresas como Starbucks, Zappos e Amazon se orgulham por terem criado uma cultura “customer-centric“, ou seja, que orbita em torno de uma obsessão: a satisfação de seus clientes.


Não à toa, a experiência do cliente ultrapassou o preço e a qualidade do produto como o principal diferencial de uma marca, de acordo com o Customers 2022 Report. Segundo o levantamento, 86% dos consumidores disseram que um atendimento diferenciado e exclusivo é um fator preponderante para comprar ou não de uma marca.


E no nosso mercado de assessoria de investimentos? Porque ainda é tão difícil ter essa visão? Um cliente não é um número que vai te levar aos seus objetivos. Ao contrario! Você que deve montar uma estratégia e implementá-la com diligência, a qual levará o seu cliente aos objetivos dele e não aos seus. Se fizer isso, naturalmente conseguirá capturar valor na forma de remuneração pelos seus serviços de alta qualidade e ao receber recomendações, tão valiosas no nosso mercado, o ciclo se completará e o seu negócio continuará em frente.


Faço um apelo aqui para que nós, bankers, assessores financeiros, investment advisors, chame-se do que quiser, mas que coloquemos de fato os interesses dos nossos clientes em foco na tomada de todas as nossas decisões. 


A minha forma de fazer esse reality check é a seguinte. Sempre que estou com prospects ou com meus clientes, eu vejo meu pai diante de mim. Isso muitas vezes é fácil, pois cuido de muitas médicas e médicos. Vejo neles a dedicação e o esforço para ganharem seus rendimentos com seu trabalho. Sei por experiência que por todo esse foco e dedicação, naturalmente não tem tempo para mergulhar também no mundo financeiro – se pudessem provavelmente seriam melhores do que nós – e por essa razão, eu devo cuidar com muita responsabilidade desses preciosos recursos. São famílias, são vidas que seus futuros dependem dos nossos bons conselhos financeiros.


Sei que posso ser ridicularizado por falar isso num mercado conhecido pela frieza dos números e das relações. Mas acredito que esse tema seja fundamental num mercado ainda em construção. Precisamos mudar a mentalidade e enxergar nossas carreiras no longo prazo e não em termos de receitas imediatas. 


Lembre-se, uma empresa ganha mais mantendo os clientes que possui e fazendo mais negócios com eles. Vamos lembrar que o CLV – customer lifetime value – é a previsão do lucro líquido atribuído a todo o relacionamento futuro com um cliente. Mas esse é tema para outro artigo.

Informações finais desse momento histórico do IPO da Porsche

• Faixa de preço para Ações Preferenciais fixada entre EUR 76,50 a EUR 82,50 por ação

• A faixa de preço corresponde a um volume de colocação de EUR 8,71 bilhões a EUR 9,39 bilhões

• O período da oferta começou em 20 de setembro de 2022 e deverá terminar hoje 28 de setembro de 2022

• Os investidores líderes QIA, Norges Bank Investment Management, T. Rowe Price e ADQ subscreverão Ações Preferenciais no valor total de até 3,68 bilhões de euros se o preço final da oferta estiver no topo da faixa


“Estamos no caminho certo (We are on track) – acreditamos que a Porsche AG, com seu modelo de negócios robusto e desempenho financeiro atraente, está pronta para lançar seu IPO”, diz Lutz Meschke, vice-presidente do conselho executivo e membro do conselho responsável por finanças e TI da Porsche AG .


Olha só que incrível, o capital social da Porsche AG foi dividido em 911 milhões de ações, sendo 50% ações preferenciais e 50% ações ordinárias ao portador. Um total de até 25% das Ações Preferenciais, compostas por 99.021.740 Ações Preferenciais como parte da oferta base e 14.853.260 Ações Preferenciais para um potencial lote suplementar, está sendo oferecido aos investidores das participações da Porsche Holding Stuttgart GmbH (o “Acionista Vendedor”). 


Infelizmente isso não chegou por aqui. As Ações Preferenciais serão ofertadas publicamente a investidores na Alemanha, Áustria, França, Itália, Espanha e Suíça, bem como por meio de colocações privadas em algumas outras jurisdições de acordo com os regulamentos aplicáveis. Por isso sou forte defensor da necessidade de internacionalizarmos parte dos nossos investimentos, investirmos parte do nosso patrimônio fora do Brasil.


Conforme já havia sido anunciado pela Volkswagen AG, a faixa de preço das Ações Preferenciais foi fixada em EUR 76,50 a EUR 82,50 por Ação Preferencial, correspondendo a um volume de colocação incluindo possíveis lotes suplementares de EUR 8,71 bilhões a EUR 9,39 bilhões. A Volkswagen AG receberá todos os recursos do IPO.


Hoje, dia 28 de setembro de 2022 deve terminar o período de oferta. As Ações Preferenciais devem ser listadas e começar a ser negociadas no Mercado Regulamentado da Bolsa de Valores de Frankfurt (Prime Standard) possivelmente amanhã, dia 29 de setembro de 2022.


A Qatar Investment Authority (QIA) se comprometeu a adquirir 4,99% do capital social preferencial da Porsche AG como investidor âncora no IPO, correspondendo a um valor de 1,74 bilhão de euros a 1,88 bilhão de euros, dependendo do preço final dentro da faixa de preço. Além disso, Norges Bank Investment Management, T. Rowe Price e ADQ comprometeram-se a subscrever Ações Preferenciais com um valor total de EUR 750 milhões, EUR 750 milhões e EUR 300 milhões, respectivamente, também como investidores âncoras dentro da faixa de preço.


Se tiver curiosidade para maiores informações dessa operação que está gerando muita expectativa no mercado, o prospecto de valores mobiliários está disponível no site da Porsche www.porsche.com/ipo.


Nessa operação estão envolvidas diversas instituições financeiras: BofA Securities, Citigroup, Goldman Sachs e J.P. Morgan como líderes. BNP Paribas, Deutsche Bank, Morgan Stanley, Santander, Barclays, Société Générale e UniCredit foram designados como Joint Bookrunners. Commerzbank, Crédit Agricole, LBBW e Mizuho foram nomeados como co-lead managers. Mediobanca está atuando como consultor financeiro da Porsche AG.

Dia da jornada no mundo Offshore 28.09.2022

Destaques do último pregão:

Tivemos ontem nos mercados de ações dos Estados Unidos uma sessão bastante volátil. Após abertura com tendência positiva, o ambiente piorou após a divulgação de 2 indicadores que reforçaram a expectativa de aperto monetário pelo Federal Reserve. Além disso, alguns dirigentes do BC americano se pronunciaram, e nesse quadro o índice S&P 500 atingiu mínima intraday desde novembro de 2020. 

 

Dow Jones 🔴 -0,43%

S&P 500 🔴 -0,21%

Nasdaq 🟢 0,25%  

Na agenda de indicadores, as vendas de moradias novas cresceram bem acima do esperado em agosto ante julho. O índice de confiança do consumidor do Conference Board avançou em setembro, também acima do esperado. 

Entre os dirigentes do Fed, James Bullard (St. Louis) defendeu a necessidade de novas altas de juros nas próximas reuniões e disse que é preciso agir enquanto o mercado de trabalho está forte. Já Neel Kashkari (Minneapolis) vê o Fed em “ritmo apropriadamente agressivo” na política monetária para conter a inflação. O presidente da distrital de Chicago, Charles Evans, se mostrou “apreensivo” em relação às altas de juros, mas também defendeu que é prioridade controlar a inflação. 

 

*fonte: investing.com 

O que você precisa saber hoje?

A sessão desta quarta-feira (28) começa novamente negativa para as bolsas mundiais. Os índices futuros dos EUA e os mercados europeus operam em baixa, mesma direção de fechamento das bolsas asiáticas, devido às preocupações econômicas em torno da inflação e das perspectivas de crescimento. O rendimento do Tesouro dos EUA de 10 anos ultrapassou 4% pela primeira vez desde 2010. 

Na ausência de indicadores relevantes no exterior, as atenções se voltam para falas da presidente do Banco Central Europeu, do presidente do Fed e de mais quatro membros do BC americano. 

Tanto os contratos do petróleo tipo WTI quanto Brent operam em baixa nesta quarta-feira (28), repercutindo os cortes de produção dos EUA causados pelo furacão Ian e a valorização do dólar. 


*fonte cnbc.com


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Por que o IPO da Porsche pode ser o evento financeiro do ano

Esse é o último post da série a respeito do IPO da Porsche.

Se está chegando agora, comece por:

Quando é o IPO da Porsche e como as ações serão estruturadas?

Por que a estrutura de ações da Porsche é tão complicada?

We are on track…” – Estamos no caminho certo, mas também o trocadilho, pois significa Estamos nas pista! – “…acreditamos que a Porsche AG, com seu modelo de negócios robusto e desempenho financeiro atraente, está pronta para lançar seu IPO”. Assim comunicou um dos membros do conselho da Porsche AG.

Vamos aos argumentos para buscarmos responder o motivo de tanta expectativa com esse IPO.

 

#1 – Números dos últimos anos

No ano de 2021, 126 empresas levantaram 16,9 bilhões de libras em Londres, o maior volume levantado de capital em IPO desde 2007. Em toda a Europa, no ano 2021, foram 422 IPOs que levantaram 75 bilhões de euros. Em comparação com 135 IPOs levantando 20,3 bilhões de euros em 2020. Apesar do ambiente financeiro complicado, novas aberturas de capital ainda estão na moda.

 

#2 – Fator Alemanha

O IPO da Porsche provavelmente será um dos maiores já feitos na Alemanha, que é de longe a maior economia da UE.

 

#3 – Importante aspecto psicológico

A Porsche AG é a joia da coroa do portfólio das marcas da Volkswagen. Se por um lado a determinação das famílias Porsche e Piëch em manter o controle pode diminuir o ímpeto de alguns investidores institucionais, por outro lado, alguns podem ver o IPO como a única chance de adquirir essas preciosas ações.

 

Isso porque as famílias podem não liberar mais ações no futuro. Muitos investidores de IPO vão se apegar às suas ações da Porsche com o fanatismo de uma criança com um cartão Pokemon de primeira edição.

 

#4 – Valor emocional

Muitos não podem comprar esse carro que é o sonho da maioria, certo? Estamos falando das ações da Porsche. Com certeza, alguns vão querer ter ações dessa marca icônica simplesmente pelo valor emocional de possuir tal patrimônio.

 

#5 – Passado

Precisamos também considerar o short squeeze de outubro de 2008. Por um momento brilhante, a Volkswagen foi a empresa mais valiosa do mundo, valendo mais de € 1.000 por ação. Durante dias difíceis da crise financeira daquele ano, os vendedores a descoberto perderam bilhões, enquanto alguns investidores se tornaram milionários da noite para o dia.

 

Embora a situação seja diferente agora, Volkswagen e Porsche são dois nomes de ações gravados na consciência dos investidores internacionais. E com o short squeeze do GameStop do ano passado ainda fresco, é provável que o interesse do varejo seja elevado.

 

Conclusão

Todo esse cenário deixa o IPO da Porsche AG como potencialmente a única chance de adquirir uma participação em uma das marcas de automóveis mais famosas e lucrativos do mundo. 

Estrutura das ações da Porsche

Essa é uma série de 3 posts explicando esse evento. Esse é o 2o deles.

Leia também:

Quando é o IPO da Porsche e como as ações serão estruturadas?

Por que o IPO da Porsche pode ser o evento financeiro do ano?

Por que a estrutura de ações da Porsche é tão complicada?

Bem-vindo ao mundo dos investimentos, onde a empresa A pode comprar ações da empresa B, que possui ações da empresa C, que possui ações da empresa A. As estruturas de participações acionárias são o auge da engenharia financeira. Desvendar quem ou o que é dono de uma empresa pode ser difícil de entender. Nesse caso, a estrutura de ações da Volkswagen-Porsche é um caso mais complexo do que a maioria.


Os senhores Ferdinand Porsche e Anton Piëch fundaram a Porsche em 1931, enquanto a Frente Trabalhista Alemã fundou a Volkswagen em 1937. Essas duas empresas tem uma história bastante detalhada e precisaríamos de uma série muito maior de posts para detalhar tudo isso.


O fundamental é que os descendentes de Porsche e Piëch possuem todas as ações ordinárias da Porsche SE, enquanto algumas ações preferenciais são detidas por investidores institucionais e privados.


A Porsche SE possui 31,4% das ações da Volkswagen, mas 53,3% dos direitos de voto. O Estado da Baixa Saxônia detém 11,8% das ações e 20% dos direitos de voto, enquanto a Qatar detém 10,5% das ações e 17% dos direitos de voto. Entendeu?


Resumindo, as famílias Porsche e Piëch controlam juntas a Porsche SE, que controla a Volkswagen, que controla a Porsche AG. Ficou mais fácil?


A conclusão é que as famílias originais manterão um domínio sobre a Porsche AG quando ela for desmembrada, tanto via Volkswagen quanto por propriedade direta.


Respira fundo e vamos para o último post -> Por que o IPO da Porsche pode ser o evento financeiro do ano?